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Em telefonema com Macron, Lula critica uso de tarifas como recurso político contra o Brasil

Presidentes do Brasil e França conversaram na manhã desta quarta-feira, 20, e concordaram em acelerar diálogo sobre acordo do Mercosul–União Europeia

Lula e Macron: presidentes do Brasil e França conversaram por telefone na manhã desta quarta-feira, 20 de agosto de 2025. (Ludovic MARIN/AFP)

Lula e Macron: presidentes do Brasil e França conversaram por telefone na manhã desta quarta-feira, 20 de agosto de 2025. (Ludovic MARIN/AFP)

Publicado em 20 de agosto de 2025 às 12h06.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o uso de tarifas comerciais como instrumento político contra o Brasil durante conversa telefônica com Emmanuel Macron, presidente da França, na manhã desta quarta-feira, 20.

Segundo o Palácio do Planalto, o chefe de Estado destacou medidas do governo para proteger trabalhadores e empresas.

Lula também comunicou que o país acionou a Organização Mundial do Comércio (OMC) contra tarifas norte-americanas consideradas injustificadas. 

O presidente da República e Macron também concordaram em intensificar o diálogo para viabilizar a assinatura do Acordo MERCOSUL-União Europeia ainda neste semestre.

Fortalecimento do multilateralismo

Os presidentes defenderam a cooperação global baseada em regras multilaterais, e destacaram a importância de uma maior integração entre países desenvolvidos e o Sul Global. Lula ainda apontou a defesa do multilateralismo como tema central da Cúpula Virtual do BRICS, prevista para setembro.

Clima e COP-30

O presidente brasileiro afirmou que a COP30 será um marco para avaliar o comprometimento dos países com a ciência e com ações climáticas concretas. Ele destacou a ambição das metas ambientais do Brasil e a necessidade de que a União Europeia apresente objetivos compatíveis com os desafios globais. Macron confirmou presença na cúpula em Belém e reiterou seu apoio ao evento.

Paz na Ucrânia e segurança global

Na área de segurança, os líderes analisaram a situação da Ucrânia e elogiaram o trabalho do Grupo de Amigos da Paz, liderado por Brasil e China. Lula manifestou preocupação com o aumento global dos gastos militares, enquanto cerca de 700 milhões de pessoas ainda enfrentam fome, ressaltando a saída do Brasil do Mapa da Fome da FAO.

Os chefes de Estado decidiram intensificar a cooperação em defesa e reforçaram a parceria estratégica entre Brasil e França e para abrir espaços em projetos conjuntos e trocas de tecnologia militar.

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