Brasil

Em seis meses, 32 pessoas morreram em assaltos a bancos

Dados apontam que entre janeiro a junho deste ano, 32 pessoas morreram em assaltos a bancos em todo o país


	Agência bancária: entre janeiro e junho deste ano, 32 pessoas morreram em assaltos a bancos
 (Luísa Melo/Exame.com)

Agência bancária: entre janeiro e junho deste ano, 32 pessoas morreram em assaltos a bancos (Luísa Melo/Exame.com)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2014 às 16h56.

São Paulo - Entre janeiro e junho deste ano, 32 pessoas morreram em assaltos a bancos em todo o país. O número é 6,7% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. O levantamento foi feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), com base em notícias veiculadas pela imprensa.

O crime conhecido como “saidinha de banco”, em que uma pessoa é assaltada logo após sacar dinheiro, provocou 20 dessas mortes. O assalto a correspondentes bancários (como casas lotéricas) aparece em segundo lugar na estatística, com quatro mortes.

Os clientes representam a maior parte das vítimas: 22 morreram no primeiro semestre deste ano em assaltos a bancos, seguidos por policiais (dois), vigilantes (um) e outras pessoas (sete), entre elas, vítimas de balas perdidas em tiroteios.

São Paulo é o estado que registrou mais mortes em assaltos a banco no período (12), seguido pelo Rio de Janeiro (quatro) e Pernambuco (três).

Para as entidades de trabalhadores, as mortes em assaltos a bancos revelam “a escassez de investimentos dos bancos para melhorar a segurança dos estabelecimentos e garantir um atendimento seguro para os clientes e a população”, de acordo com o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro.

“Mais do que muito preocupantes, essas mortes comprovam o descaso e a indiferença dos bancos para a prevenção de assaltos e sequestros. Eles continuam enxergando a segurança como custo e não como investimento na proteção da vida de trabalhadores e clientes”, acrescentou.

Sobre o aumento no número de mortes em saidinhas de bancos, Cordeiro disse que as instituições deveriam instalar biombos entre a fila de espera e os caixas, além de divisórias individualizadas entre os guichês, para impedir esse tipo de crime. "O biombo é uma das medidas testadas e aprovadas no projeto-piloto de segurança bancária, que está terminando este mês no Recife, em Olinda e Jaboatão dos Guararapes (PE). Queremos que seja estendido para todo o país, a fim de ajudar a combater a ‘saidinha de banco’ e evitar novas mortes", disse Cordeiro.

Procurada pela Agência Brasil, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), entidade que representa o setor bancário brasileiro, ainda não se pronunciou sobre o levantamento.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaBancosCrimeDados de BrasilFinançasMortes

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas