Local sem saneamento básico em Brasília: “renda, condições de educação, de saneamento e água influenciam bastante na permanência dessas doenças", diz pesquisadora (Valter Campanato/ABr)
Da Redação
Publicado em 1 de setembro de 2015 às 16h34.
Última atualização em 2 de agosto de 2017 às 16h29.
São Paulo – De 2009 a 2014, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) só conseguiu concluir 30% das suas obras de água e esgoto em cidades com mais de 500 mil habitantes. O diagnóstico faz parte do levantamento “De Olho no PAC”, do instituto Trata Brasil.
Foram 337 obras analisadas do chamado PAC Saneamento — sendo 181 de esgoto e 156 de água —, com 52% delas em situação “inadequada”, com atrasos, não iniciadas ou paralisadas.
De acordo com as respostas obtidas pelo instituto pelos responsáveis pelas obras, os entraves enfrentados foram de falhas de projetos a problemas nas licitações, morosidade na obtenção de licenças ambientais, falhas na coordenação entre poderes federal, estadual e municipal, por exemplo.
Outro grande obstáculo foi a liberação de recursos públicos. A verba total estimada é de 21 bilhões de reais, uma cifra que pesa nas contas do governo. Os recursos vêm do Orçamento Geral da União (26%), financiamento da Caixa Econômica Federal (58%) e do BNDES (17%).
Para o PAC 1, a liberação de dinheiro público está em média de 72%. A taxa de conclusão gira em torno de 45%. Para o PAC 2, porém, está em apenas 6%. Resultado: somente 2% das obras terminaram.
Veja abaixo um panorama da situação das obras de água e esgoto do PAC.