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Em ritmo lento, consórcio retoma obra do Rodoanel

Consórcio formado pelas empreiteiras Mendes Júnior e Isolux retomou ontem as obras do lote 1 do Trecho Norte


	Rodoanel: consórcio formado pelas empreiteiras Mendes Júnior e Isolux retomou ontem as obras  do lote 1 do Trecho Norte
 (Mário Rodrigues/Veja SP)

Rodoanel: consórcio formado pelas empreiteiras Mendes Júnior e Isolux retomou ontem as obras do lote 1 do Trecho Norte (Mário Rodrigues/Veja SP)

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Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2016 às 11h49.

São Paulo - Sob ameaça de rompimento de contrato, o consórcio formado pelas empreiteiras Mendes Júnior e Isolux retomou ontem as obras do lote 1 do Trecho Norte do Rodoanel, que estavam paralisadas havia um mês.

Segundo a empresa Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), contudo, "o ritmo das atividades ainda é baixo".

No início da tarde de ontem, a reportagem esteve no local, em Perus, zona norte da capital, e flagrou alguns funcionários, caminhões e tratores trabalhando na construção dos 6,4 km de pistas, sendo 2,1 km de túnel.

À estatal, o consórcio afirmou que mantém 589 trabalhadores empregados, mas não informou à reportagem quantos voltaram ao canteiro de obras ontem.

No dia 6 de maio, a Dersa notificou as empreiteiras depois que uma vistoria constatou "desmobilização de equipamentos e de mão de obra" e ameaçou romper o contrato, assinado em 2013 no valor de R$ 647,6 milhões.

Em 2015, o mesmo consórcio já havia paralisado a obra por dois meses.

Em carta enviada à Dersa na última quarta, o consórcio projetava retomar a obra ontem após o recebimento de R$ 6,3 milhões, referentes aos serviços feitos em abril.

O pagamento seria feito anteontem pela Dersa. Até a paralisação da construção, as empreiteiras haviam executado 38% da obra.

A construção do Rodoanel Norte, que terá 47,6 km de extensão, está dividida em seis lotes, em contratos que somam R$ 3,9 bilhões. Deveria ter sido concluída em fevereiro deste ano, mas até agora nem metade (42%) foi feita.

A promessa é entregar o último trecho do anel viário em março de 2018.

A Dersa, porém, não descarta novo atraso caso o contrato seja rescindido. Os consórcios pressionam a estatal a assinar um aditivo, elevando o custo dos serviços em R$ 716 milhões.

A companhia decidiria sobre o valor do reajuste em maio, mas adiou a decisão por três meses após a Polícia Federal abrir investigação sobre suposto superfaturamento de serviços para beneficiar as construtoras.

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