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Em reunião relâmpago, CPMI da JBS decide ouvir Janot

O ex-PGR, que deixou o cargo no último dia 17, vai depor como convidado e não investigado

Janot (Ueslei Marcelino/Reuters)

Janot (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de setembro de 2017 às 11h18.

Brasília - Após duas reuniões sem conseguir colocar em votação os mais de 200 requerimentos na pauta, a CPMI da JBS aprovou, em cerca de dez minutos, mais de 50 dos pedidos feitos por integrantes do colegiado. Entre eles, o convite para ouvir o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que deixou o cargo no domingo passado, dia 17.

Os requerimentos foram aprovados na manhã desta quinta-feira, 21, em votação simbólica. Dos 37 parlamentares que fazem parte do colegiado, 12 estavam presentes no momento da aprovação.

"Não concordo que o ex-procurador venha como investigado, mas sim como convidado. Que ele venha para tirar dúvidas. Mas que não venha um deputado para trazer ataques em tom de vingança", afirmou o deputado Delegado Francischini (SD-PR), um dos sub-relator da CPMI.

Além de Janot, a comissão ainda aprovou convite para ouvir o procurador Eduardo Pelella, que foi chefe de gabinete do ex-procurador-geral.

"Parece que a todo momento temos que pedir desculpas por convocar A ou B. Mas está claro no requerimento de criação da CPMI o objetivo de investigar o acordo de colaboração. Estaríamos prevaricação se não chamarmos os envolvidos no acordo", disse Carlos Marun (PMDB-MS), relator da CPMI, ao justificar o convite a Pelella.

Até o momento, também foram aprovados convites para falar na CPMI o ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Leonardo Porciúncula Gomes Pereira, e Márcio Lobo, advogado da Associação de Acionistas Minoritários (Aidmin).

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