Brasil

Em reunião, PSD apoia reformas previdenciária e tributária

O PSD também se mostrou favorável a uma das bandeiras defendidas por Barbosa, os programas de concessão e parcerias com o setor privado


	Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa: no ano passado, o governo sofreu resistência do Congresso Nacional para reduzir a desoneração da folha em meio ao ajuste fiscal
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa: no ano passado, o governo sofreu resistência do Congresso Nacional para reduzir a desoneração da folha em meio ao ajuste fiscal (REUTERS/Ueslei Marcelino)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2016 às 13h43.

Brasília - Em um gesto de apoio à pauta econômica em meio à crise, o PSD entregou nesta terça-feira, 26, ao ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, propostas econômicas prioritárias para a legenda.

Entre os itens debatidos durante o rápido encontro, o PSD propôs reformas previdenciária e tributária, assuntos frequentes em discursos de Barbosa. Durante o encontro, o ministro pediu à bancada do PSD apoio para a aprovação da CPMF.

Com a presença do presidente do PSD, Guilherme Campos, e do líder do partido na Câmara, deputado Rogério Rosso (DF), Barbosa também recebeu apoio para ampliar e simplificar linhas de financiamento para exportação para pequenas e médias empresas.

Esse assunto ganhou espaço nas discussões dentro do governo e vem sendo acompanhado pelo presidente do Sebrae, Guilherme Afif, que é do PSD e foi ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa na gestão Dilma Rousseff.

"A bancada tem a visão de que é necessário levar em consideração linhas de ação para ampliar o investimento para micro, pequenas e médias empresas", disse Rosso após o encontro.

Entre os temas polêmicos, o PSD propôs a redução dos custos e uma nova desoneração da folha de pagamento para setores estratégicos.

No ano passado, o governo sofreu resistência do Congresso Nacional para reduzir a desoneração da folha em meio ao ajuste fiscal.

Há ainda uma proposta da legenda para redistribuir a carga tributária de forma a desonerar a produção e a comercialização de bens e serviços.

O PSD também se mostrou favorável a uma das bandeiras defendidas por Barbosa, os programas de concessão e parcerias com o setor privado.

Para o partido, o assunto é uma prioridade e é preciso modernizar a legislação de Parceria Público-Privada (PPP) para facilitar o acesso de médias e pequenas prefeituras aos benefícios.

Na reforma previdenciária, uma das mais urgentes e mais debatidas no governo, o PSD classifica como "fundamental" alterar, o mais rápido possível, as regras vigentes.

Para o tema, a legenda propõe incentivo e desonerações para os planos de previdência complementar e privadas.

Além disso, o PSD classificou como questões centrais aspectos como a preservação dos direitos adquiridos, progressividade, evolução demográfica e o crescente déficit da Previdência.

"Estamos dispostos a criar regras modernas", afirmou Rosso sobre a reforma previdenciária.

Outro ponto levantado pelo partido durante a reunião e entregue à Barbosa é uma alteração da tabela progressiva do IRPF e do IRPJ de forma a trazer maior "equidade na tributação e reduzir o impacto nas classes C, D e E".

O encontro, que atrasou cerca de uma hora, aconteceu no gabinete do ministro da Fazenda.

Antes da reunião, Barbosa estava no Palácio do Planalto com a presidente Dilma Rousseff, que embarca hoje para o Equador para a Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-americanos e caribenhos.

Barbosa participou com outros ministros de uma reunião preliminar sobre o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, que será instalado na próxima quinta-feira, dia 28.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraEconomistasNelson BarbosaPartidos políticosPSD – Partido Social Democrático

Mais de Brasil

Chuvas fortes no Nordeste, ventos no Sul e calor em SP: veja a previsão do tempo para a semana

Moraes deve encaminhar esta semana o relatório sobre tentativa de golpe à PGR

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização