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Em reunião com Morales, Dilma repudia fuga de senador

Segundo o novo ministro das Relações Exteriores, presidente demonstrou ao boliviano seu repúdio ao episódio de retirada do senador Pinto da Bolívia


	Senador boliviano Roger Pinto Molina acena na frente da casa de seu advogado, Fernando Tibúrcio Peña, em Brasília
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Senador boliviano Roger Pinto Molina acena na frente da casa de seu advogado, Fernando Tibúrcio Peña, em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2013 às 17h57.

A presidente Dilma Rousseff repudiou a fuga do senador boliviano Roger Pinto para o Brasil em reunião com o presidente da Bolívia, Evo Morales, no Suriname, disse nesta sexta-feira o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado.

Pinto saiu da embaixada brasileira no dia 26, numa fuga organizada pelo então encarregado de negócios da embaixada do Brasil em La Paz, Eduardo Saboia, que não tinha autorização dos seus superiores. A ação do diplomata brasileiro foi condenada pela presidente e resultou na queda do ex-ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota.

"A presidenta Dilma demonstrou ao presidente Evo seu repúdio ao episódio de retirada do senador Pinto da Bolívia", disse Figueiredo a jornalistas em Paramaribo, no Suriname, durante a reunião de cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), segundo o Blog do Planalto.

O parlamentar boliviano ingressou nesta semana com pedido de refúgio junto ao Conselho Nacional para os Refugiados (Conare) para continuar no país.

"O pedido de refúgio do senador Pinto será analisado pelo Conare", acrescentou Figueiredo.

Nesta semana também, Morales anunciou que a Bolívia pedirá que o senador seja extraditado. Mas, segundo Figueiredo, esse pedido ainda não foi oficializado e que se ocorrer será analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O novo chanceler brasileiro afirmou ainda que o episódio não irá alterar as relações entre Brasil e Bolívia.

Pinto estava na embaixada brasileira há cerca de 15 meses na condição de asilado e até então os dois países não tinham chegado a um acordo sobre um pedido de salvo-conduto do parlamentar ao governo boliviano para que ele pudesse deixar o país.

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