"Procuramos diferenciar de um programa criado apenas para pedir votos. Aqui é um programa de posicionamento político", disse Carlos Siqueira (Reprodução/PSB/Humberto Pradera)
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2015 às 19h02.
Brasília - Após recusar fazer parte da reforma ministerial realizada no início do mês pela presidente Dilma Rousseff, o PSB apresentará diversas críticas ao governo em programa partidário previsto para ir ao ar em cadeia nacional de rádio e TV nesta quinta-feira, 22.
A maior parte do conteúdo do vídeo tem como foco responder à questão: "Então por que o Brasil está em crise?" A partir da pergunta, um locutor narra alguns dos motivos apontados pelo PSB.
As imagens não contam com a presença de políticos do partido e foram feitas utilizando o recurso "visual thinking", em que as ideias são estruturadas por meio de imagens lúdicas.
"Procuramos diferenciar de um programa criado apenas para pedir votos. Aqui é um programa de posicionamento político", ressaltou o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.
O partido considera que o Brasil está em crise porque o governo não tem um plano para o País, não conseguiu avançar com a infraestrutura e não criou uma política industrial.
"Em 13 anos, não fez nenhuma das reformas estruturais que a sociedade exige. E nunca olhou a educação como um pilar do desenvolvimento", diz o locutor.
"Falta de visão estratégica, medidas equivocadas. Mentiras eleitoreiras, um erro após ou outro. E a crise transformou nossos sonhos em pesadelos", acrescenta em outro trecho.
O programa também trata como "manobra eleitoreira" a política energética adotada pelo governo durante a disputa presidencial do ano passado.
"Numa manobra eleitoreira, o governo reduziu as tarifas e represou preços, desorganizando a economia", ressalta o locutor. O vídeo abre espaço ainda para críticas à condução na área econômica do governo que acarretaram no aumento de juros e da inflação.
O programa vai ao ar depois de integrantes da cúpula do governo tentar no início do mês se aproximar do partido rompido com o Palácio do Planalto desde 2013, quando lançou a candidatura presidencial de Eduardo Campos, morto durante a disputa eleitoral do ano passado.
"Houve conversas antes da reforma ministerial. Eles falavam da importância do PSB ajudar com a votação das propostas do ajuste e que o PSB poderia ter um papel importante depois da superação dessas dificuldades. Se tentou, mas não teve receptividade", ressaltou Carlos Siqueira.