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Em nova onda de violência, Ceará registra ao menos 15 ataques

Governo do Ceará atribui os ataques a uma reação ao enfrentamento ao crime organizado no estado

Caminhão queimado durante ataque no começo de 2019: para combater volta dos ataques, polícia local disse que aumentou contingente (Paulo Whitaker/Reuters)

Caminhão queimado durante ataque no começo de 2019: para combater volta dos ataques, polícia local disse que aumentou contingente (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de setembro de 2019 às 09h40.

Última atualização em 24 de setembro de 2019 às 09h48.

São Paulo — Uma onda de violência atinge o Ceará desde o último fim de semana. Do sábado, dia 21, até esta segunda-feira, 23, foram ao menos 15 ataques a ônibus, carros e caminhões na região metropolitana de Fortaleza. Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS-CE), seis suspeitos foram presos e um menor de idade foi apreendido.

A secretaria informou que para garantir a segurança aos motoristas, cobradores e passageiros de ônibus, a frota circula com a presença de policiais militares no interior dos coletivos.

O governo do Ceará atribui os ataques a uma reação ao enfrentamento ao crime organizado no estado. Nas redes sociais, o governador Camilo Santana (PT) afirmou que "a possibilidade do retorno às regalias nos presídios é zero" e informou que reuniu a cúpula da segurança pública para tratar dos atos criminosos.

"Trata-se de uma clara reação dos bandidos ao forte enfrentamento ao crime organizado que temos feito, dentro e fora das prisões cearenses, cortando comunicação, isolando e transferindo chefes criminosos, punindo de forma rigorosa atos de indisciplina e acabando com todo e qualquer tipo de regalia nos presídios", escreveu o governador. "Não recuaremos em absolutamente nada nas medidas que foram tomadas até aqui."

Para combater a onda de violência no Ceará, a SSPDS informou que a Polícia Civil e a Polícia Militar reforçaram o contingente, com o retorno às atividades de agentes que estavam de férias e a suspensão de cursos para os que tinham aulas. As investigações são coordenadas pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).

Presos

Sete suspeitos de envolvimento em ações criminosas que vêm sendo praticadas em Fortaleza foram presos. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE), outras cinco pessoas foram identificadas.

Ainda no domingo, quatro pessoas foram presas após queimarem parcialmente um caminhão na Avenida dos Flamboyantes, no Bairro Cidade 2000.

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