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Em Minas, ônibus não circularão mais em locais de ataques

Governador disse que ataques são realizados por organização criminosa insatisfeita, segundo ele, com a política carcerária no estado

Minas Gerais: de janeiro a junho de 2017 foram registrados 20 ataques a ônibus (Corpo de Bombeiros/Divulgação)

Minas Gerais: de janeiro a junho de 2017 foram registrados 20 ataques a ônibus (Corpo de Bombeiros/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de junho de 2018 às 16h14.

Belo Horizonte - Com mais dois ônibus queimados nesta terça-feira, 26, na capital mineira, o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setra), Joel Jorge Pasqualini, afirmou nesta quarta, 27, que o serviço vai ser interrompido nas regiões que registrarem novas ocorrências.

O anúncio foi feito ao lado do governador do estado, Fernando Pimentel (PT), e do prefeito da cidade, Alexandre Kalil (PHS).

Os dois ônibus foram queimados em Venda Nova, na região Norte de Belo Horizonte. O governador voltou a afirmar que os ataques a ônibus em Minas, que começaram no início de junho, são realizados por uma organização criminosa insatisfeita, segundo ele, com a política carcerária no estado. Os ataques teriam partido do PCC.

Segundo Pimentel, de janeiro a junho de 2017 foram registrados 20 ataques a ônibus. No mesmo período deste ano, 14 coletivos foram queimados.

"Um ataque já é muito. Nosso objetivo é zerar, é não ter nenhum. Mas, para isso, nós temos que contar com a colaboração também da comunidade", disse.

Tanto o governador quanto o prefeito querem que a população denuncie os casos. "A comunidade vai ter que tomar conta, junto com a Polícia Militar e a Guarda Municipal, e denunciar", afirmou. Um canal específico dentro do Disque Denúncia Unificado (181), já existente, poderá ser usado pela comunidade para relatar esses casos.

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