Brasil

Em MG, Pimentel diz que eleição derrotou arrogância

Pimentel ainda salientou que vai participar da campanha petista do segundo turno como "cidadão", porque "o governador de Minas está fora"


	Fernando Pimentel: o petista ressaltou ainda que sai do pleito com "humildade"
 (Reprodução/Instagram/Pimentel)

Fernando Pimentel: o petista ressaltou ainda que sai do pleito com "humildade" (Reprodução/Instagram/Pimentel)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2014 às 23h10.

Belo Horizonte - O governador eleito de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), comemorou na noite deste domingo, 5, a vitória em primeiro turno com recado direito para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que disputará o segundo turno da eleição presidencial com a presidente Dilma Rousseff, e os aliados do tucano.

Segundo o petista, o resultado da eleição no Estado foi a derrota da "arrogância" daqueles que se achavam "soberanos, donos dos votos e da vontade alheia". Pimentel ainda salientou que vai participar da campanha petista do segundo turno como "cidadão", porque "o governador de Minas está fora".

Após receber telefonemas de congratulações da presidente Dilma Rousseff, de amigos e aliados - a assessoria não soube informar se tucanos ligaram para Pimentel para parabenizá-lo pela vitória -, o governador eleito participou de rápida comemoração e concedeu entrevista coletiva concedida na noite de hoje em seu comitê de campanha, onde funciona também o comitê pela reeleição de Dilma em Minas.

O petista lembrou que, no início das eleições, as lideranças do PSDB em Minas contavam com uma vitória fácil no Estado, tanto do candidato ao governo, Pimenta da Veiga, quanto da votação de Aécio em Minas. Além da derrota de Pimenta em primeiro turno, Dilma teve mais de 412 mil votos a mais que Aécio no Estado.

"Esse resultado das urnas mostra o que a gente dizia desde o início da campanha: aqui, soberano é o povo de Minas", declarou Pimentel, repetindo ainda a frase dita ao longo da campanha, de que o Estado "não tem dono, não tem rei, não tem imperador", em clara referência a Aécio. O petista ressaltou ainda que sai do pleito com "humildade". "Humildade porque essa eleição mostra a derrota da arrogância", disse.

"Aqueles que diziam que iam ter quatro milhões de votos de frente em relação a nossa coligação, estou vendo agora nas urnas 1 milhão de votos a mais contra eles e quase 500 mil votos a mais na coligação nacional. Elegemos as duas maiores bancadas, o deputado federal mais votado do Estado, o deputado estadual mais votado de Minas", disparou.

"O povo de Minas deu uma lição naqueles que queriam ser soberanos, donos do voto e da vontade alheia. Nós nunca nos arvoramos donos de nada nem de ninguém. Trabalhamos nessa campanha com a mesma humildade com que vamos governar Minas Gerais", continuou o governador eleito.

Campanha nacional

Na avaliação de aliados, a conquista do governo mineiro, que estava há 12 anos sob gestão do PSDB e será comandado pela primeira vez pelo PT, dá mais peso político a Pimentel. Mas, questionado sobre sua participação na campanha de Dilma no segundo turno, o governador eleito observou que agora precisa ter "enorme senso de responsabilidade", assim como o vice, Antônio Andrade (PMDB).

"Estamos aqui já na qualidade de governador e vice-governador eleitos de Minas Gerais. Amanhã vamos tomar as providências iniciais para começar a transição. Vamos fazer um esforço para diferenciar o que é tarefa de transição do governo com o que é tarefa partidária no Estado", declarou.

Mas admitiu que tem "compromissos partidários" e contou que terá que dividir o tempo entre as ações de transição e a campanha pela reeleição da presidente Dilma. "Minas, quando votou na nossa coligação, nos deu um recado muito claro.

Nossas propostas foram endossadas pelos votos dos mineiros. Isso nós não vamos abandonar. O governador de Minas não vai participar da campanha. Quem vai participar é o cidadão Fernando Pimentel. O governador de Minas está fora", afirmou.

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesEleições 2014Fernando PimentelMinas GeraisPartidos políticosPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua

STF forma maioria para manter prisão de Robinho