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Em meio à crise do coronavírus, Toffoli antecipa volta ao Brasil

A viagem do presidente do STF provocou mal-estar entre ministros e servidores da corte e do Conselho Nacional de Justiça

Toffoli: presidente do STF estava em missão oficial (Adriano Machado/Reuters)

Toffoli: presidente do STF estava em missão oficial (Adriano Machado/Reuters)

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Clara Cerioni

Publicado em 16 de março de 2020 às 09h58.

Última atualização em 16 de março de 2020 às 09h59.

São Paulo — Por causa da pandemia do novo coronavírus, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que estava em missão oficial no Marrocos, decidiu antecipar o retorno ao Brasil.

A viagem provocou mal-estar entre ministros e servidores do Supremo e do Conselho Nacional de Justiça.

As Cortes, a exemplo de outro órgãos públicos, têm estabelecido medidas internas para evitar a aglomeração de pessoas em suas dependências, como a suspensão de eventos e de público em parte de suas sessões.

No Superior Tribunal de Justiça (STJ), a tendência é de que as sessões presenciais sejam trocadas por virtuais.

À frente do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Toffoli editou atos normativos com o objetivo de ajudar a conter a pandemia. Ministros do STF discutem reservadamente se é o caso de cancelar as sessões presenciais, mas nada foi decidido ainda.

“A epidemia do coronavírus exige das nossas instituições uma conscientização mais profunda em torno do valor constitucional da solidariedade. As mobilizações populares devem cobrar intervenções mais efetivas para evitar uma crise ainda mais grave na saúde pública”, afirmou o ministro Gilmar Mendes, em sua conta do Twitter.

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