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Em maratona de inaugurações, Alckmin abre estação Oscar Freire incompleta

Com oito anos de atraso e antes do desligamento do governador, a estação ainda foi inaugurada de maneira incompleta, com apenas um acesso aos passageiros

Geraldo Alckmin: tucano ressaltou que tem ouvido sempre sobre a "questão de atraso de obras", mas que isso depende de como se vê o copo, se meio cheio ou meio vazio (Edson Lopes Jr./A2 Fotografia/Divulgação)

Geraldo Alckmin: tucano ressaltou que tem ouvido sempre sobre a "questão de atraso de obras", mas que isso depende de como se vê o copo, se meio cheio ou meio vazio (Edson Lopes Jr./A2 Fotografia/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de abril de 2018 às 17h58.

Cumprindo uma verdadeira maratona para inaugurar obras prontas ou não até sexta-feira, quando renunciará ao cargo de governador para se candidatar à Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB) abriu ao público na manhã desta terça-feira, 4, a estação Oscar Freire, da linha 4-Amarela do metrô.

Com oito anos de atraso - o primeiro contrato previa entrega em 2009 -, a estação ainda foi inaugurada de maneira incompleta, com apenas um acesso aos passageiros. A segunda entrada ficará para o segundo semestre.

Questionado se estava com pressa para fazer a inauguração em virtude da obrigatoriedade de se desligar no dia 6 de abril, o tucano afirmou que não se podia privar a população do uso da estação porque um dos acessos não está pronto.

"Por que vamos privar a população desse que é o acesso principal? Dos 23 mil passageiros por dia previstos para essa estação, mais de 20 mil, 22 mil vão utilizar esse acesso. Não há razão para impedir isso", disse.

Alckmin ainda provocou os jornalistas que acompanhavam a inauguração ao listar os avanços obtidos por seu governo na expansão do metrô de 2011 pra cá.

"Tenho certeza que a imprensa, como é justa, vai destacar que em oito anos nós saímos de 68 km de metrô para terminarmos o ano com 102 km. E nesses oito anos, três foram de recessão profunda, de grande perda de receita e grande crise. Pois no meio da crise, no meio da recessão, o governo do Estado conseguiu também passar de 60 para 89 estações de metrô, quase 50% a mais. E deixaremos um canteiro de obras."

Em seu discurso, o tucano ressaltou que tem ouvido sempre sobre a "questão de atraso de obras", mas que isso depende de como se vê o copo, se meio cheio ou meio vazio.

"Realmente tivemos alguns (atrasos) porque a crise afetou também o setor privado. E, você não pode, se uma empresa não cumpre o contrato, trocar em 24 horas. E, infelizmente, um consórcio internacional não conseguiu fazer a obra. Foi punido, multado, reincidido o contrato e aberta uma nova licitação, que é o que tem de fazer um governo sério. É preciso então também ser justo e ver o copo meio cheio."

Nesta quarta, o governador ainda inaugurou um novo hospital em Suzano e uma nova faculdade técnica em Guarulhos, ambas as obras na Grande São Paulo.

Desde o início de março, Alckmin intensificou a agenda de inaugurações, mesmo que os prédios entregues não passem a funcionar imediatamente, como no caso da Fábrica de Cultura de Diadema, no ABC, que só prestará serviço à população daqui a 90 dias aproximadamente. Nesta quinta, 5, o tucano irá inaugurar a estação Moema, da linha 5-Lilás do metrô, e na sexta, dia 6, mais quatro estações da linha 15-Prata.

Alckmin renuncia ao cargo na próxima sexta-feira, 6, às 16h30, quando o governador do Estado passará a ser o atual vice, Márcio França (PSB).

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