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Em jantar com senadores, Temer defende teto de gastos

Jantar seguiu a linha da confraternização que o presidente fez com deputados às vésperas da votação da PEC em primeiro turno na Câmara

Michel Temer: durante boa parte da quarta-feira, Temer recebeu senadores, inclusive alguns que votaram contra o impeachment da ex-presidente Dilma (Getty Images/Getty Images)

Michel Temer: durante boa parte da quarta-feira, Temer recebeu senadores, inclusive alguns que votaram contra o impeachment da ex-presidente Dilma (Getty Images/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 17 de novembro de 2016 às 08h56.

Última atualização em 17 de novembro de 2016 às 08h57.

Brasília - Ao reunir senadores para um jantar na quarta-feira e defender a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria um teto para os gastos da União, o presidente Michel Temer defendeu que a medida irá tirar o Brasil da recessão no longo prazo, e pediu pressa aos parlamentares porque "tem pouco tempo de governo" para fazer as reformas necessárias.

"Estamos vivendo uma recessão profunda, preocupante. O primeiro passo é tirar o país da recessão para depois sim começar o crescimento. Não vamos ter ilusão de que se combate a recessão com medidas simplesmente doces. Muitas vezes se precisa de medidas amargas. Essas medidas visam ao futuro, não o presente", disse o presidente.

O jantar marcado por Temer seguiu a linha da confraternização que o presidente fez com deputados às vésperas da votação da PEC em primeiro turno na Câmara.

Na ocasião, a intenção era não apenas o convencimento, mas garantir quórum para o dia seguinte, uma segunda-feira.

No Senado, a votação está marcada para o dia 29 deste mês. O esforço de Temer desta vez é para garantir um placar elástico, que supere com alguma folga os 49 votos necessários, e dê tranquilidade ao governo para poder enviar ao Congresso também a reforma da Previdência no início de dezembro.

Durante boa parte da quarta-feira, Temer recebeu senadores, inclusive alguns que votaram contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, como Kátia Abreu (PMDB-TO) --que é amiga pessoal de Dilma--, Otto Alencar (PSD-BA) e Elmano Férrer (PTB-PI).

No jantar, Temer recebeu 82 convidados, segundo informações do Palácio do Planalto, entre senadores, ministros, alguns deputados e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Mais uma vez, Temer agradeceu o apoio e a "agilidade" do Congresso, e lembrou que são necessárias várias reformas para tirar o país da recessão, mas o tempo é curto.

"Há outras reformas que deverão vir para sairmos da recessão, mas temos pouco tempo de governo e portanto temos que fazer isso rapidamente", disse, lembrando que a próxima medida, depois da PEC, será a reforma da Previdência.

O presidente admitiu que poderá ser difícil de aprovar a reforma. "Vai ser difícil? Vai. Mas já se criou uma consciência nacional de que ela é indispensável", afirmou. Temer citou ainda mudanças trabalhistas como a próxima meta a ser perseguida por seu governo.

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