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Em janeiro, turistas furaram boias para evitar afogamento no Beach Park

Nesta segunda, um homem morreu após cair de um briquedo no parque aquático que fica na região metropolitana de Fortaleza (CE)

Brinquedo no Beach Park: turistas relataram momentos de pânico em janeiro (Divulgação/Divulgação)

Brinquedo no Beach Park: turistas relataram momentos de pânico em janeiro (Divulgação/Divulgação)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 17 de julho de 2018 às 13h18.

Última atualização em 18 de julho de 2018 às 15h09.

São Paulo - Em janeiro deste ano, um grupo de turistas precisou furar as boias para escapar de um toboágua no parque aquático Beach Park, que fica na região metropolitana de Fortaleza (CE).

Os relatos foram feitos no site TripAdvisor, que reúne avaliações de visitantes sobre locais turísticos. Ontem, o radialista Ricardo José Hilário da Silva morreu após cair do brinquedo Vainkará, inaugurado no último final de semana no parque. 

Um homem identificado como Maurício escreveu na plataforma que, junto com seu filho e outras pessoas, ele ficou preso no toboágua do brinquedo Arrepius. "As boias ficaram entaladas no tobogã (...). O salva-vidas não sabia o que fazer, a água foi subindo, as pessoas gritando e bebendo água. Tivemos que furar as boias com os dentes para não ficar sem ar", relatou.

Outro usuário da plataforma, identificado como Francisco, relatou que uma mulher teve que usar a chave do armário para furar as boias. Os relatos foram publicados, a princípio, no jornal Folha de S. Paulo.

Em nota, publicada no próprio site do TripAdvisor, o Beach Park confirmou o bloqueio no fluxo de boias no toboágua que levou à parada de alguns turistas na metade do caminho. Segundo o parque, "a interrupção foi solucionada em alguns minutos e não houve danos graves a clientes ou funcionários". 

"Acontecimentos como esse não fazem parte da nossa rotina e as devidas medidas corretivas já estão sendo tomadas. Aproveitamos para informar que toda a nossa equipe de guarda-vidas possui o Certificado Americano em Salvamento Aquático, com licença internacional, disponibilizado pela companhia Jeff & Ellis Assiciates, uma das mais respeitadas e reconhecidas empresas do mundo nessa área",  diz a nota.

Questionado por EXAME, o Beach Park ainda não se pronunciou sobre o caso.

Em 2002, um menino de 7 anos também morreu nas dependências do parque vítima de afogamento no brinquedo Correnteza Encantada, um riacho com uma correnteza artificial. O parque foi condenado a pagar o equivalente a 300 salários mínimos em indenização à família da criança.

Em 2017, mais de 1 milhão de pessoas visitaram o parque, que tem 2,4 mil funcionários e 4 hotéis.

 

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