Pelé: "Tudo que o Pelé fez dentro e fora do esporte foi para reforçar os valores do esporte", disse o presidente do COI (Paulo Whitaker / Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de junho de 2016 às 17h46.
Santos - O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, homenageou Pelé nesta quinta-feira, em uma visita a cidade de Santos, no litoral de São Paulo. Bach entregou ao Rei do Futebol a Ordem Olímpica, maior honraria que a entidade concede aos esportistas.
Entre os brasileiros, a ex-nadadora Maria Lenk e o ex-atleta Adhemar Ferreira da Silva eram os únicos condecorados até então. A ideia partiu do Comitê Olímpico do Brasil (COB). "A discussão sobre se ele merecia ou não a honraria durou alguns segundos", enfatizou Bach.
Considerado por muitos o melhor atleta do século passado, Pelé recebeu a homenagem mesmo sem ter participado de um evento olímpico.
"Tudo que o Pelé fez dentro e fora do esporte foi para reforçar os valores do esporte", disse o presidente do COI, que teve a companhia de Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB e do Comitê Organizador do Rio-2016.
Crise
Bach voltou a minimizar os efeitos da crise política e econômica vivida pelo Brasil sobre a Olimpíada. "Os Jogos Olímpicos podem ser parte da solução para a crise no Brasil, porque têm a possibilidade de reunir pessoas, mas a crise política brasileira não é maior do que o evento", disse o presidente do COI.
Bach garantiu que o Comitê mantém uma boa relação com o governo do presidente em exercício Michel Temer (PMDB), assim como ocorria com o governo da presidente afastada Dilma Rousseff (PT).
Questionado sobre as obras ainda em andamento e possíveis atrasos na entrega de algumas estruturas para os Jogos, Bach respondeu que as últimas semanas antes do início das competições são as mais difíceis porque há muitos detalhes complexos em vários setores, como transporte, logística e acomodações.
"Nossa experiência nos eventos anteriores nos mostra que devemos concentrar a atenção em toda a floresta, não apenas em uma ou outra árvore", exemplificou o presidente.
Em relação ao vírus zika, Bach não mostrou preocupação quanto a esta e outras doenças. Ele disse apenas que todos devem seguir as orientações da Organização Mundial de Saúde e também das autoridades brasileiras.