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Em Guarulhos, medidas emergenciais dão mais conforto

Uma das mudanças mais perceptíveis é a ampliação do estacionamento: a empresa construiu um edifício-garagem com 2,6 mil vagas


	Aeroporto de Guarulhos: mudanças feitas pela nova dona do aeroporto foram medidas emergenciais para melhorar o conforto
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Aeroporto de Guarulhos: mudanças feitas pela nova dona do aeroporto foram medidas emergenciais para melhorar o conforto (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2013 às 10h25.

São Paulo - Um passageiro atento perceberá que o aeroporto de Guarulhos está diferente este ano. Os banheiros da área de embarque triplicaram de tamanho, 900 placas foram trocadas e há 29 lojas novas e quase o dobro de vagas de estacionamento. As mudanças foram medidas emergenciais para melhorar o conforto, adotadas pela nova dona do aeroporto, o consórcio formado por Invepar e ACSA.

Uma das mudanças mais perceptíveis é a ampliação do estacionamento. A empresa construiu um edifício-garagem com 2,6 mil vagas e redesenhou o antigo pátio de estacionamento, na tentativa de suprir a falta de vagas. O edifício trouxe novas tecnologias, como painéis que informam ao motorista o número de vagas disponíveis por corredor em tempo real. A nova disposição diminuiu o custo da diária, mas aumentou o preço por hora em alguns espaços.

No terminal de passageiros, também há novidades. Diversas placas chamativas tentam fazer o passageiro se acostumar com o novo nome do aeroporto - GRU Airport. As novas placas de sinalização agora são coloridas e usam novos padrões visuais. A segurança foi reforçada - um grupo de seguranças circula no local de diciclos e mil novas câmeras foram instaladas no aeroporto, acabando com os pontos não monitorados.

Novas lojas foram abertas em 6.000 metros quadrados de nova área construída nos atuais terminais, que incluem uma nova praça de alimentação com oito restaurantes, como Spoleto e Bob’s. A área do free shop da Dufry dobrou de tamanho e hoje tem 3.142 m².

Alguns passageiros, no entanto, ainda acham insuficiente. "O que mais me incomoda é a demora para receber a bagagem", disse a fonoaudióloga Nazaré Araújo, que viaja toda semana de Guarulhos.

Para o diretor comercial do aeroporto, Fernando Sellos, as mudanças serão percebidas aos poucos. "Em 30 anos, o aeroporto não mudou nada. É difícil mudar a percepção do passageiro da noite para o dia. Fica um recall do serviço anterior", disse.

Ele lembra que o atual aeroporto deve fechar o ano com um movimento de 36 milhões de passageiros neste ano, mas sua capacidade atual é de cerca de 20 milhões. Segundo Sellos, o grande salto de qualidade e conforto no aeroporto ocorrerá após a inauguração do terceiro terminal de passageiros.

O novo terminal terá 192 mil metros quadrados, praticamente o mesmo tamanho dos outros três terminais de Guarulhos. Com o terminal e outras obras de ampliação, o aeroporto terá capacidade para receber 45 milhões de passageiros por ano em 2014. O terminal 3 concentrará os voos internacionais, terá 250 lojas e um hotel cinco estrelas com 50 quartos dentro da área de embarque. Outro hotel será construído ao lado do edifício-garagem - as duas construções serão ligadas ao terminal 3 por meio de uma esteira rolante.

Cerca de 8.000 pessoas trabalham na construção e a obra está 70% concluída. Além do terminal, o projeto inclui obras viárias e um pátio com capacidade para estacionar 34 aeronaves.

Após a abertura do terceiro terminal, a concessionária fará retrofit nos terminais antigos para adotar o mesmo padrão visual do novo. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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