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Marta diz que não terá disputa no PMDB para eleição em 2016

Marta sobre as medidas de Haddad: "A gente não pode ter na cidade de SP alguém que não una a cidade. É muito forte essa cidade, precisamos da união de todos"


	Marta Suplicy, sobre as medidas de Haddad: "A gente não pode ter na cidade de São Paulo alguém que não una a cidade. É muito forte essa cidade, precisamos da união de todos"
 (FABIANO ACCORSI)

Marta Suplicy, sobre as medidas de Haddad: "A gente não pode ter na cidade de São Paulo alguém que não una a cidade. É muito forte essa cidade, precisamos da união de todos" (FABIANO ACCORSI)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2015 às 07h44.

São Paulo - A senadora Marta Suplicy, que deixou o PT e filiou-se ao PMDB, demonstrou a apoiadores confiança em sua candidatura para a Prefeitura de São Paulo no ano que vem e disse, na noite desta segunda-feira (14), que não haverá disputa interna no seu novo partido pela indicação para disputar o comando da maior cidade do país.

Em uma confraternização de fim de ano, para qual convidou cerca de 300 pessoas, entre empresários, jovens, políticos e outros grupos, a senadora falou da sua ida para o PMDB e pediu apoio.

"Fui muito bem recebida pelo PMDB, no Senado, pelo presidente Michel Temer. Foi um ato de muita coragem também. Fui lá conversar com ele (Temer), não exigi nada, nem ser candidata a prefeita. Ele falou que eventualmente até poderia ter disputa, porque tinha outro candidato que ia ficar meio decepcionado. Eu falei 'gente, pra mim não tem problema nenhum, se tiver disputa estou lá. Graças a Deus não vai ter disputa nenhuma. Está dando tudo certo", disse Marta ao pegar o microfone para discursar.

A senadora não citou nominalmente, mas referiu-se ao presidente municipal do PMDB, Gabriel Chalita, que é secretário e aliado do prefeito petista Fernando Haddad - provavelmente o maior rival de Marta em 2016, já que os dois disputariam uma fatia semelhante do eleitorado, mais à esquerda.

Fora Chalita, que especula-se pode deixar o PMDB, a cúpula do PMDB paulista foi ao evento de Marta.

Os quatro vereadores estavam no bar onde ocorreu o evento: Nelo Rodolfo (líder), Ricardo Nunes, George Hato e Rubens Calvo, além do deputado estadual Jorge Caruso e do deputado federal Baleia Rossi, presidente do PMDB estadual. Todos em clara demonstração de apoio a Marta, alguns já chamando-a de "nossa prefeita".

Marta retribuiu o apoio e já pediu votos aos presentes na eleição para vereadores.

"Vamos ter vários candidatos a vereador, espero que vocês ajudem, votem nos nossos candidatos, pra que a gente aprove os projetos necessários. É muito bom apresentar o grupo de parlamentares que temos aqui", disse chamando os colegas de PMDB para perto de si.

Críticas a Haddad

Marta evitou falar diretamente no nome de Haddad - que participou da sua gestão quando foi prefeita (2005 a 2008) e para quem fez campanha em 2012 - mas centrou as críticas ao rival no fato de ele "dividir" a cidade com medidas polêmicas.

"São Paulo está dividida, temos agora um prefeito que não consegue fazer nada para a cidade. A ciclovia, 'ciclotinta', metade da cidade acha lindo, metade não quer. A (avenida) Paulista fechada, metade da cidade tem horror, com comerciante xingando", afirmou a senadora.

"A gente não pode ter na cidade de São Paulo alguém que não una a cidade. É muito forte essa cidade, precisamos da união de todos. Tem que ter foco, tem que ter prioridade, ciclovia 'ciclotinta' não é prioridade para uma cidade do tamanho de São Paulo. Não sou contra, mas (a questão) não pode ser maior que a cidade. Vamos ver como está a educação, os CEUs que estão abandonados", completou ao citar o projeto que nasceu em sua gestão, dos Centros Educacionais Unificados.

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