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Em evento, Lula e presidente da Fiesp criticam taxa básica de juro de 13,75%

Os dois participaram de um evento da Fiesp em comemoração ao Dia da Indústria, realizado nesta quinta-feira, 25, em São Paulo

Lula: presidente esteve em evento na Fiesp, em São Paulo (Ricardo Stuckert/PR/Flickr)

Lula: presidente esteve em evento na Fiesp, em São Paulo (Ricardo Stuckert/PR/Flickr)

Gilson Garrett Jr.
Gilson Garrett Jr.

Repórter de Lifestyle

Publicado em 25 de maio de 2023 às 18h39.

Última atualização em 25 de maio de 2023 às 18h57.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, criticaram a atual taxa básica de juro, a Selic, a 13,75%. Os dois participaram de um evento da Fiesp em comemoração ao Dia da Indústria, realizado nesta quinta-feira, 25, em São Paulo.

"É uma excrescência nos dias de hoje a taxa de juro ser 13,75%. O país não merece isso", disse Lula, seguido de aplausos da plateia composta principalmente de grandes empresários paulistas. O presidente ainda afirmou que "é possível" recuperar o país e defendeu a aprovação do novo marco fiscal e da reforma tributária.

Antes da fala de Lula, o presidente da Fiesp também citou o tema e disse que o patamar da Selic atrasa o crescimento do país. "Os juros eu tenho certeza que só poderão cair e terão de cair até para não deixar envergonhados os membros do Copom porque neste patamar é absolutamente injustificado".

No encerramento do evento também estavam o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Reforma tributária

Outro assunto que estava na ponta da língua dos participantes do evento da Fiesp foi a reforma tributária. O presidente da entidade disse que o crescimento baixo do país registrado nos últimos anos ocorreu, em parte, porque a indústria perdeu o dinamismo. "A reforma tributária vai corrigir uma das maiores distorções que existem hoje, que são os impostos indiretos. E nada melhor do que o IVA".

Haddad endossou a fala, e afirmou que a indústria é "fundamental" no papel do desenvolvimento nacional. Na visão do ministro, o Congresso Nacional está maduro para aprovar a reforma tributária. "Esse marco fiscal que foi aprovado, sob a liderança do presidente Arthur Lira [PP-AL], garante a reposição de 100% da verba que foi desviada da educação para outros fins. O Brasil vai voltar a crescer acima da média mundial, como aconteceu nos oito anos da Presidência de Lula", disse.

O presidente do Senado, por onde a reforma passa, disse que acredita em uma aprovação ainda neste ano de um texto para reorganizar o sistema tributário brasileiro. "A reforma mais desejada é a tributária, do sistema de arrecadação. Se perguntarmos na plateia se o nosso sistema é bom, vão dizer que não é. Isso nos obriga, por uma questão cívica, a dar uma resposta à sociedade, assim como tivemos em outras reformas, como a da Previdência", afirmou.

Carro popular mais barato

Mais cedo, Lula e Alckmin anunciaram uma redução de impostos que deve diminuir o preço dos carros populares em até 10,96%. A faixa que terá o benefício pega veículos de até R$ 120 mil. No evento da Fiesp, o vice-presidente e ministro afirmou que isso só foi possível graças ao diálogo do governo com o setor industrial e trabalhadores.

"Começamos o dia conversando, em uma reunião com a CNI, ouvindo. Depois nos reunimos com trabalhadores. E é isso que o Brasil precisa: conversa, diálogo. Entendo que essa votação do novo regime fiscal já é um pouco dessa construção coletiva que vai ocorrer na reforma tributária", disse.

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