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Em evento com Dilma, aliados de Lula e FHC travam guerra branca

Lula estava ausente e Fernando Henrique Cardoso não discursou, mas aliados lembraram de heranças e divergências

Alckmin disse que o governo FHC que criou os programas sociais posteriormente unificados e ampliados na gestão de Lula (Ricardo Stuckert/PR)

Alckmin disse que o governo FHC que criou os programas sociais posteriormente unificados e ampliados na gestão de Lula (Ricardo Stuckert/PR)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2012 às 17h56.

São Paulo - Os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva foram personagens destacados no lançamento do programa Brasil sem Miséria para a região Sudeste, feito pela presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira.

Apesar da ausência de Lula no evento e de Fernando Henrique sequer ter discursado, aliados de ambos travaram uma batalha branca em palavras para exaltar o legado de cada um deles.

Discursos feitos no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo --Estado comandado por tucanos desde 1995-- exaltaram Fernando Henrique pela conquista da estabilidade econômica e Lula pelos programas sociais que ajudaram a tirar milhões de brasileiros da pobreza.

Sentado ao lado de Dilma, o ex-presidente tucano foi um dos mais aplaudidos quando teve seu nome chamado pelo mestre de cerimônias do evento.

Fernando Henrique foi classificado como responsável pelo fim da inflação e pela estabilidade econômica do país pelos governadores Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Renato Casagrande (PSB-ES).

O maior elogio, no entanto, veio do governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB). Ele lembrou que foi o governo FHC que criou os programas sociais posteriormente unificados e ampliados na gestão de Lula.

"Foi a estabilidade econômica que permitiu que os governos começassem a se organizar para atender aos que mais sofrem", disse Alckmin.

O governador paulista disse ainda que "a erradicação da miséria é uma forma de ser da ética na política".

Ausente, Lula foi lembrado pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), como "grande presidente".

O afago maior, no entanto, veio de sua sucessora Dilma Rousseff, que lembrou dos milhões de brasileiros que deixaram a pobreza no governo Lula.

"Essa é, sem dúvida, a herança bendita que o presidente Lula, entre tantas outras, me legou".

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