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Em evento, Alckmin diz que crise política paralisou economia

Governador defendeu que o pedido de impeachment da presidente Dilma seja analisado com rapidez pelo Congresso Nacional


	Geraldo Alckmin: “Inevitavelmente, por mais que se trabalhe, paralisa a economia", disse o governador sobre a crise política
 (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Geraldo Alckmin: “Inevitavelmente, por mais que se trabalhe, paralisa a economia", disse o governador sobre a crise política (Rovena Rosa/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2016 às 16h26.

São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse hoje (7) que a crise política precisa ser solucionada logo, pois está comprometendo a economia.

Alckmin defendeu que o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff  seja analisado com rapidez pelo Congresso Nacional.

“Inevitavelmente, por mais que se trabalhe, [a crise política] paralisa a economia. Então, é preciso agir mais rápido”, disse Alckmin, ao comparar a situação atual do país com a vivida em 1991, quando o então presidente Fernando Collor deixou o cargo após ter sofrido um impeachment.

"O que é preciso é decidir. O Congresso Nacional, em especial a Câmara dos Deputados, precisa acelerar a votação do pedido, seja de um lado, seja de outro”, disse, após participar de um evento sobre perspectivas e investimentos em 2016, realizado na Associação Comercial de São Paulo.

“O modelo parlamentarista é de confiança: o governo já teria ido embora. No modelo presidencialista, é o mandato. Mas dentro do mandato, você tem o instrumento que é o impeachment. É isso que o Brasil já teve e só ajudou. Porque foi o impeachment do [Fernando] Collor, que levou ao Itamar [Franco], que nasceu o Plano Real e as coisas avançaram”, lembrou.

Durante a palestra de Alckmin na associação, o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), que também estava no evento, disse que o governador é um bom nome para disputar à eleição presidencial em 2018.

O governador não confirmou se pretende se candidatar. “Três anos na situação política brasileira são três séculos. Ainda está muito longe”, disse o governador, ao ser questionado sobre o assunto.

Condução coercitiva

Alckmin voltou a comentar sobre a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na última sexta-feira (4).

“O que caracteriza a República é a igualdade do cidadão perante a lei. Então, somos todos iguais perante a lei, não tem diferença. Até pelo contrário, quanto mais alta a responsabilidade, maior o dever. Aquele que foi governador, presidente ou prefeito tem mais responsabilidade, mais conhecimento da lei, mas explicações a dar à população”.

Para ele, o episódio mostrou a força das instituições públicas. “O país saiu ainda mais fortalecido, o país precisa ter instituições fortes, a polícia cumprindo o seu papel, o Ministério Público, de investigação. O Judiciário, julgando”.

Lula foi levado para prestar depoimento como parte da 24ª fase da Operação Lava Jato. Ele foi conduzido de seu apartamento, em São Bernardo do Campo (SP), até o escritório da Polícia Federal no Aeroporto de Congonhas, na capital paulista. A tomada de declarações durou cerca de três horas.

Hoje (7), a presidente Dilma Rousseff voltou a criticar a ação e a defender Lula.

“Justiça seja feita: sempre o presidente Lula aceitou, ao ser convidado para prestar esclarecimentos, ele sempre foi. Não tem o menor sentido conduzi-lo 'sob vara' para prestar depoimento se ele jamais se recusou a ir. Nem cabe alegar que estavam protegendo ele. Como disse um juiz, era necessário saber se ele queria ser protegido porque tem certo tipo de proteção que é muito estranho”, afirmou Dilma, durante cerimônia de entrega de unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida, em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul.

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