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Em entrevista, Dilma compara momento atual do país ao do golpe de 64

Segundo ex-presidente, houve uma radicalização recente do "golpe" que levou ao seu impeachment

Dilma Rousseff: "Acho que nossa elite tem toda capacidade de dar um golpe sozinha. Mas acho que tivemos ajuda do exterior" (Lula Marques/Bloomberg)

Dilma Rousseff: "Acho que nossa elite tem toda capacidade de dar um golpe sozinha. Mas acho que tivemos ajuda do exterior" (Lula Marques/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de março de 2018 às 17h47.

Rio - A ex-presidente Dilma Rousseff comparou a situação atual do País à do golpe militar de 1964, em entrevista coletiva a veículos de imprensa estrangeiros, nesta segunda-feira, 26. "Vivemos um tempo muito difícil", afirmou Dilma aos jornalistas, em evento organizado pelo PT do Rio de Janeiro.

Segundo Dilma Rousseff, houve uma radicalização recente do "golpe" que levou ao seu impeachment. "Acho que nossa elite tem toda capacidade de dar um golpe sozinha. Mas acho que tivemos ajuda do exterior. A história vai mostrar", declarou Dilma. Durante a coletiva, a ex-presidente disse que era preciso denunciar à imprensa internacional que o Brasil atravessa uma fase de radicalização do golpe e que o assassinato da vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL) era um exemplo da radicalização da violência.

Também presente à coletiva, o possível candidato do PT ao governo do Estado do Rio Celso Amorim comparou o atual momento ao do surgimento do fascismo na Europa, citando como exemplo a intervenção federal no Rio. "Onde estava o interventor federal no momento da morte de Marielle Franco? Onde estava o interventor no momento da morte de oito pessoas na Rocinha? E na morte de cinco jovens em Maricá?", questionou Amorim.

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