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Em encontro com Dilma, MST critica indicação de Kátia Abreu

"A possível nomeação de Kátia Abreu vai contra qualquer possibilidade de avanço na reforma agrária", disse Rosana Fernandes, da direção nacional do MST


	Dilma e MST: integrantes apresentaram plano com "propostas emergenciais para o campo"
 (José Cruz/ABr)

Dilma e MST: integrantes apresentaram plano com "propostas emergenciais para o campo" (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2014 às 17h40.

Brasília - Em encontro realizado nesta segunda-feira, 15, com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília, lideranças do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) criticaram a sinalização de que a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) deverá ocupar o Ministério da Agricultura no novo governo da petista.

"A possível nomeação de Kátia Abreu vai contra qualquer possibilidade de avanço na reforma agrária", afirmou após o encontro no Palácio do Planalto, Rosana Fernandes, integrante da direção nacional do MST.

"Kátia Abreu representa o agronegócio, o atraso, trabalho escravo. E representa, principalmente no seu Estado, a grilagem de terra. Portanto, somos contra a Katia Abreu por questões ideológicas e políticas. Cabe à presidente nomear ou não. Nós demos o nosso recado", emendou Alexandre Conceição, integrante da direção nacional do MST.

Segundo os dois, Dilma não fez nenhum comentário sobre as críticas apresentadas no encontro à senadora.

A reunião ocorreu poucas horas depois de um grupo de acampados e assentados do Movimento Brasileiro dos Sem-Terra (MBST) e da Frente Nacional de Luta no Campo e Cidade (FNL) invadir a sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília, onde está prevista, à noite, a posse da nova diretoria da entidade, com a participação da presidente Dilma.

Demandas

Na reunião no Palácio do Planalto, que também contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, os integrantes do MST também apresentaram um plano com "propostas emergenciais para o campo".

Entre as demandas, está a cobrança para que o governo tenha um plano de metas para assentar no mínimo 50 mil famílias por ano, no período entre 2016 e 2018.

"Neste momento não é um avanço, mas garantir um passivo de anos. Queremos superar o passivo de 120 mil famílias que aguardam o assentamento e assegurar a meta de 50 mil famílias assentadas por ano", afirmou Rosana Fernandes.

Já Alexandre Conceição defendeu mudanças no MDA e no Incra.

"Somos contra a manutenção dos que estão dentro do MDA há 12 anos. Portanto, é preciso mudar a postura política do MDA e do Incra para fazer com que a reforma agrária possa avançar", disse o dirigente.

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