Fernando Collor (PTB-AL) em discurso na tarde desta quarta-feira (Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil)
Rita Azevedo
Publicado em 6 de agosto de 2015 às 11h18.
São Paulo – O ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL) xingou o procurador-geral da República Rodrigo Janot de filho da puta durante discurso no Senado.
O episódio aconteceu na tarde de ontem, quando Collor fez um pronunciamento para se defender das acusações de seu suposto envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras.
Nesta semana, Janot pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que os carros de luxo de Collor, apreendidos na Operação Politéia, não sejam devolvidos ao parlamentar.
O procurador-geral acusa o senador de ter recebido 26 milhões de reais de propina no esquema de corrupção na Petrobras. Dessa forma, segundo Janot, os veículos são, possivelmente, produto de atividades criminosas.
Collor aproveitou a tribuna para negar as acusações e questionar a apreensão dos carros, episódio que caracterizou como um espetáculo midiático.
Ele também acusou Janot de usar o vazamento seletivo de informações para permanecer no cargo. No momento seguinte, fez o xingamento.
As empresas têm contrato social, estão devidamente registradas na junta comercial, tem suas atividades de acordo com o que define a legislação. Se existem parcelas em atraso é uma questão comercial que diz respeito ao credor, não podendo jamais, em tempo algum, sob o risco de uma grave penalização judicial a quem afirma, que tal atraso se deve a falta de recursos escusos. Afirmações caluniosas e infames. Filho da puta, disse Collor.
Veja abaixo o discurso completo de Collor, que faz o xingamento em 5mim04s:
https://youtube.com/watch?v=CUF3-VYMGGA%3Frel%3D0
Eleição
Rodrigo Janot, que comanda as investigações do envolvimento de políticos na Lava Jato, foi o mais votado pelos procuradores para permanecer no cargo por mais dois anos.
A lista tríplice será enviada à presidente Dilma Rousseff, que pode aprovar ou não a indicação para novo chefe do Ministério Público. Depois da avaliação da presidente, o nome passa por votação e sabatina no Senado.