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Em decisão inédita, UnB expulsa 15 alunos por fraude em cotas raciais

Processo começou em 2017 após o recebimento de uma denúncia contra 100 estudantes que teriam se aproveitado das cotas raciais para ingressar na faculdade

UnB: uma das mais tradicionais universidades do país decidiu, em atitude inédita, expulsar alunos por fraudes em cotas (Universidade de Brasília (UNB)/Facebook)

UnB: uma das mais tradicionais universidades do país decidiu, em atitude inédita, expulsar alunos por fraudes em cotas (Universidade de Brasília (UNB)/Facebook)

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Clara Cerioni

Publicado em 14 de julho de 2020 às 10h07.

A Universidade de Brasília (UnB) expulsou 15 alunos por fraude em cotas raciais. A decisão, assinada pela reitora Márcia Abrahão nesta segunda-feira, 13, foi inédita na história da instituição. Além dos estudantes regulares, a UnB também cassou o diploma de dois formados e outros oito tiveram os créditos anulados.

Segundo informações do site da universidade, uma das mais tradicionais do país, o processo contra fraudes se iniciou em 2017 após o recebimento de uma denúncia contra 100 estudantes que teriam se aproveitado do sistema de cotas raciais para ingressar no ensino superior.

Os estudantes expulsos são dos cursos de direito (quatro), medicina (quatro), ciências sociais (três), letras-francês, ciência da computação, engenharia de software e medicina veterinária (um de cada uma dessas graduações). Os ex-alunos com diploma cassado cursaram direito.

"Uma averiguação preliminar descartou o envolvimento de 73 estudantes (seja porque atendiam os critérios fenotípicos, seja porque não haviam ingressado pelas cotas); outros 28 foram investigados. Uma nova comissão foi formada em 2019, para dar andamento ao processo. Todos os envolvidos tiveram direito à ampla defesa e ao contraditório", diz nota da universidade.

No mesmo dia, a Universidade de São Paulo (USP) também tomou uma decisão inédita de expulsar um estudante pelos mesmos motivos de fraudes em cotas raciais do curso de Relações Internacionais. Ele não pode se candidatar no vestibular da USP pelos próximos cinco anos.

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