Aécio: construção do aeroporto está sendo discutida porque alguns setores estão com medo da derrota (Divulgação/PSDB)
Da Redação
Publicado em 2 de agosto de 2014 às 13h38.
Curitiba - Em uma caminhada com cerca de 1.500 pessoas, segundo a organização, pelo calçadão da Rua XV de Novembro, em Curitiba (PR), o candidato a presidente Aécio Neves (PSDB-MG) voltou a criticar a política econômica da presidente Dilma Rousseff . Segundo ele, o governo sofre de um "caos na indústria".
"Estou imensamente preocupado com o que vem acontecendo com o Brasil, hoje os dados da indústria divulgados pela grande imprensa nacional são dramáticos, nós tivemos uma perda no último ano de 36% da indústria automotiva do Brasil, em julho deste ano comparado com o ano passado a atividade industrial no Brasil, no geral, em vários setores chegou a 7%, temos um caos na indústria brasileira, o Brasil é o país que menos cresce em toda a nossa região", reclamou, acompanhado do candidato à reeleição, governador Beto Richa e do senador Álvaro Dias.
Questionado sobre o caso que envolve a construção de um pequeno aeroporto em propriedade da família, ele disse que o assunto está sendo discutido porque alguns setores estão com medo da derrota.
"Essas obras do aeroporto, elas se inserem em um conjunto de obras que foram descritas nos jornais, com muita transparência e fazer com que o estado se desenvolvesse e por isso sai de Minas Gerais com 92% de aprovação, a melhor saúde da região Sudeste e as melhores parcerias com a iniciativa privada e em um período eleitoral as acusações vêm daqueles que veem a perspectiva de derrota cada vez mais próxima".
Para ele, o governo deveria se preocupar com o problema econômico e a alta da inflação.
"Era sobre esses assuntos que esperávamos ouvir da palavra da presidente que infelizmente não veio. O Brasil cansou desse ciclo de governo e não é justo ao povo brasileiro que nós tenhamos o desgoverno, o descontrole inflacionário de políticas sociais que não permitam superação, nossa candidatura demonstra mudança consistente", disse.
Com relação à diplomacia, que recentemente foi atacada por Israel, Aécio disse que fará mudanças. "Vamos acabar com qualquer alinhamento ideológico e praticar uma política externa voltada para os interesses do Brasil", concluiu.
Durante a caminhada, que na maior parte foi tranquila, uma mulher que portava um saco pequeno de açúcar tentou acertar o candidato, mas foi detida antes pelos seguranças; e algumas pessoas chegaram a jogar aviões de papel.
Minutos antes de embarcar em seu carro, Aécio ainda ouviu alguns protestos feitos de forma solitária por Luan Rosa, um dos líderes das manifestações de junho de 2013 em Curitiba. O ativista foi perseguido pelos seguranças que estavam juntos na caminhada e por pouco não foi surrado.