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Em Cuba, Dilma e Gleisi defendem a libertação de Lula

Termina nesta terça-feira evento que reúne representantes de partidos e governos de esquerda e centro-esquerda da América Latina, em Cuba

Dilma e Gleisi:: defender que Lula dispute eleições justamente em Cuba, onde não há eleições, é mais uma incoerência do PT (Ramon Espinosa/Reuters)

Dilma e Gleisi:: defender que Lula dispute eleições justamente em Cuba, onde não há eleições, é mais uma incoerência do PT (Ramon Espinosa/Reuters)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 17 de julho de 2018 às 06h46.

Última atualização em 17 de julho de 2018 às 07h17.

Termina nesta terça-feira a 24ª edição do Foro de São Paulo, evento que reúne representantes de partidos e governos de esquerda e centro-esquerda da América Latina, em Havana, capital cubana. Neste ano, um dos temas principais é a defesa da libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso desde abril em Curitiba, após ter sua condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro confirmada em segunda instância.

O evento, que não era realizado em Cuba desde 2011, começou no domingo com um pedido, logo na abertura, para que o petista seja libertado. “Para impedir que volte a presidir o Brasil, Lula se encontra injustamente preso há 100 dias, mas seguimos resistindo, lutando”, afirmou a secretária-executiva do Foro, Mónica Valente, no discurso de abertura.

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Logo depois, parte dos presentes começou a cantar “Lula livre”. A ex-presidente do Brasil Dilma Rousseff e a presidente nacional do PT e senadora Gleisi Hoffmann estiveram na abertura para “fazer uma denúncia internacional do que está acontecendo”, conforme Gleisi afirmou ao jornal Valor Econômico.

“A cada dia que passa, Lula se aproxima mais das urnas”, disse Dilma a jornalistas após a abertura, segundo a agência de notícias espanhola Efe.

No site do foro, um mapa mostra pontos de mobilização ao redor do mundo pela libertação de Lula, além de manifestações de políticos e entidades internacionais contra a prisão do ex-presidente.

O evento, criado pelo próprio Lula e por Fidel Castro na década de 1990, tem como mote desta edição buscar a unidade da esquerda e conta com a presença de partidos políticos de países como Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. Uma declaração final dos presentes será realizada nesta terça.

A ironia evidente é o PT defender a liberdade de Lula para disputar eleições justamente em Cuba, um país sem eleições desde a tomada do poder pelos Castro. Não será a primeira, nem a última atitude incoerente dos defensores do ex-presidente.

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