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Em crise, PSL realiza convenção nesta sexta em Brasília

Presidente Jair Bolsonaro tem rivalizado com parte do partido, que é contra crescimento

Delegado Waldir: "Vamos ter uma reunião hoje do partido e quem vai comandar é Bivar" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Delegado Waldir: "Vamos ter uma reunião hoje do partido e quem vai comandar é Bivar" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de outubro de 2019 às 10h14.

Última atualização em 18 de outubro de 2019 às 10h16.

São Paulo — O partido do presidente Jair Bolsonaro, o PSL, realiza nesta sexta-feira, 18, convenção de sua Executiva Nacional na sede da legenda em Brasília. São esperados 40 correligionários da sigla, entre eles aliados ao presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), e ligados ao presidente da República. Os dois grupos são antagonistas e têm enfrentado uma série de embates nas duas últimas semanas.

Na pauta do dia deve entrar a destituição dos filhos do presidente, o senador Flávio e o deputado Eduardo, dos comandos dos diretórios estaduais do Rio de Janeiro e São Paulo. Apesar de Bivar afirmar que ainda não foi batido o martelo em relação a esses desligamentos, aliados já dão como certos.

Ao chegar à convenção na manhã desta sexta, o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), disse que a Executiva deve tratar de questões como compliance e estatuto. "Vamos ter uma reunião hoje do partido e quem vai comandar é Bivar", disse.

Ao responder sobre novas listas que o grupo ligado a Bolsonaro está produzindo para tirá-lo da liderança, ele afirmou que isso para ele é indiferente, mas disse que será difícil se manter no posto, já que Bolsonaro e seus ministros estão, segundo ele, ligando para deputados pedindo para que eles assinem a lista. "É uma batalha que nem Davi enfrentou", disse.

Waldir disse ainda que o grupo do qual ele faz parte, o ligado a Bivar, irá votar com o governo apenas em pautas em que houver convergência e sinalizou que ocorrerão divergências em questões como às ligadas à Justiça.

"Por exemplo, tirar o Coaf do Moro", disse sobre um tema do qual o grupo não irá concordar. O deputado voltou a falar que sempre foi fiel ao presidente Bolsonaro, mas que, como líder, nunca foi chamado ao Planalto pra discutir pautas.

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