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Em carta, ONU se explica sobre crítica à crise hídrica

ONU disse que a relatora Catarina Albuquerque não estava no Brasil em viagem oficial quando fez críticas à falta d'água em São Paulo

Carro aparece com a seca da Represa de Jaguari, do sistema Cantareira, em Bragança Paulista (Roosevelt Cassio/Reuters)

Carro aparece com a seca da Represa de Jaguari, do sistema Cantareira, em Bragança Paulista (Roosevelt Cassio/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2014 às 18h35.

São Paulo - O coordenador residente das Organizações das Nações Unidas (ONU) no Brasil, Jorge Chediek, enviou nesta quinta-feira uma carta ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) explicando o papel das relatorias das comissões ligadas à ONU e informando que a relatora Catarina Albuquerque não estava no Brasil em viagem oficial quando fez críticas à falta d'água em São Paulo.

"Não temos constância de sua visita ao País em agosto de 2014. Nesse sentido, embora atuando em sua capacidade de especialista independente nomeada pelo Conselho de Direitos Humanos, as manifestações realizadas durante este contexto não compõem qualquer documento oficial das Nações Unidas ou foram submetidas ao conhecimento e à apreciação do Conselho", diz o texto da carta obtida pelo jornal O Estado de S.Paulo.

A assessoria de Ban Ki-moon disse que Catarina tem independência e suas posições não estão sujeitas ao controle da instituição. Também afirmou que as conclusões dos relatores não refletem necessariamente posições oficiais da ONU.

O coordenador escreveu também que o desempenho do mandato do relator se dá desde que ele esteja atuando em missão oficial.

"Para o desempenho de seus mandatos, as relatorias atuam em missão oficial, por meio de visitas aos países, a partir de coordenação com o estado membro das Nações Unidas", afirma Chediek no documento, ao pontuar também que Catarina esteve representando a entidade no Brasil em dezembro de 2013.

As críticas dela em relação à crise hídrica foram feitas em agosto, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.

O Palácio dos Bandeirantes afirmou que o ofício, "na verdade, é uma resposta do governador a um convite feito por Ban Ki-moon" para a cúpula. O governo disse que aproveitou para "indagar se a funcionária" da ONU falava em nome do órgão ou dela própria.

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