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Em carta, indústrias brasileira e alemã defendem acordo Mercosul-UE

Documento foi assinado pela CNI, Federação das Indústrias Alemã (BDI) e pelo Conselho da Indústria Alemã para a América Latina

Negociações entre os blocos tiveram início em 1999 e foram interrompidas entre 2004 e 2010 (divulgação/Divulgação)

Negociações entre os blocos tiveram início em 1999 e foram interrompidas entre 2004 e 2010 (divulgação/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 17 de julho de 2018 às 22h27.

Representantes das indústrias do Brasil e da Alemanha assinaram carta em que defendem a conclusão do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia.

O documento foi assinado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Federação das Indústrias Alemã (BDI) e pelo Conselho da Indústria Alemã para a América Latina (LADW). Para as entidades, existem condições políticas favoráveis para que o acordo seja firmado.

As negociações entre os blocos tiveram início em 1999 e foram interrompidas entre 2004 e 2010. A expectativa do setor empresarial é que o acordo seja concluído ainda este ano, o que representaria o maior acordo de livre comércio firmado pelo Brasil, impactando na redução das barreiras tarifárias e não tarifárias de serviços e aumento dos investimentos bilaterais. De acordo com a CNI, a União Europeia é o principal investidor no Mercosul, e o Mercosul é o sexto investidor no bloco europeu.

Está previsto para amanhã (18) encontro, em Bruxelas, entre ministros dos dois blocos.

No entanto, o comissário europeu de Agricultura, Phil Hogan, disse nessa segunda-feira (16), em Bruxelas, que a União Europeia não está satisfeita com os progressos das negociações para o acordo comercial e descartou a hipótese de um pacto definitivo ser anunciado ainda nesta semana.

Hogan citou que há impasse em sete questões: carros, peças de veículos, regras de origem, licitações, serviços marítimos, produtos lácteos e indicações geográficas.

Também estão na lista de preocupações do Mercosul os temas relativos à carne bovina, ao açúcar e ao etanol. Mais recentemente entrou em discussão a pressão da União Europeia para reduzir o percentual das tarifas de importação de automóveis.

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