Brasil

Em carta, alunos rebatem professores e defendem reforma

Na carta aberta, endereçada aos professores, os alunos dizem que reconhecem "o direito à greve e à livre manifestação de ideias"

Santa Cruz: colégio divulgou uma nota informando que os professores decidiram em assembleia aderir à paralisação (Thinkstock/Thinkstock)

Santa Cruz: colégio divulgou uma nota informando que os professores decidiram em assembleia aderir à paralisação (Thinkstock/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de abril de 2017 às 13h15.

São Paulo - Um grupo de 13 alunos do Colégio Santa Cruz, em São Paulo, publicou uma carta aberta para rebater um manifesto divulgado pelos professores da escola em adesão à greve geral em protesto contra as propostas de reformas trabalhista e previdenciária do governo.

A carta, redigida por dois alunos do terceiro ano do ensino médio e assinada por outros 11 colegas, circula nas redes sociais e em grupos de mensagens. O manifesto do corpo docente da escola foi divulgado nas redes sociais na segunda-feira.

O colégio divulgou uma nota informando que os professores decidiram em assembleia aderir à paralisação.

"Apesar de não apoiarmos a decisão, resguardamos o direito constitucional à greve. Programaremos a reposição das atividades previstas para esse dia, em que as aulas serão suspensas."

Na carta aberta, endereçada aos professores, os alunos dizem que reconhecem "o direito à greve e à livre manifestação de ideias", mas que acreditam "que o posicionamento contra a reforma da Previdência seja profundamente equivocado".

Para eles, a decisão "passa ao largo das questões centrais envolvidas, apelando para noções generalistas de 'justiça social'. Pauta-se em um maniqueísmo exacerbado e parte, desde a primeira linha, do pressuposto de que as reformas são ruins para o País e, especialmente, para os mais pobres. Essa forma de pensar apenas simplifica e empobrece o debate", diz a carta.

Para os alunos, "ir contra a reforma da Previdência é também defender que um funcionário público continue recebendo em média três vezes mais que um trabalhador regular", e que "a média de aposentadoria no Judiciário, de R$ 25,7 mil, não seja alterada."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:São Paulo capitalEscolasReforma da Previdência

Mais de Brasil

Hugo Motta diz que Câmara vota IR na quarta mesmo sem acordo sobre anistia

Governo prevê repasse para universidades e agências federais 53% menor em 2026 do que em 2014

Ibama aprova simulação da Petrobras na Margem Equatorial, último passo para licença de exploração

Lula diz que reunião com Trump ocorrerá 'o mais rápido possível e vai correr bem'