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Em balanço, Temer omite denúncias e diz que "tirou país do vermelho"

Presidente destacou queda da inflação, fim da recessão, aumento do valor do benefício do Bolsa Família e do número de beneficiários do Minha Casa Minha Vida

Temer: presidente não fez menção em discurso a denúncias criminais feitas pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot a partir das delações de executivos da J&F (Ueslei Marcelino/Reuters)

Temer: presidente não fez menção em discurso a denúncias criminais feitas pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot a partir das delações de executivos da J&F (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 15 de maio de 2018 às 18h01.

Brasília - O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira que seu governo foi capaz de "tirar o Brasil do vermelho e o colocar no rumo certo", mas ignorou as denúncias de corrupção que o envolveram diretamente assim como a integrantes da sua gestão, em discurso de quase uma hora no Palácio do Planalto no qual exaltou os feitos dos seus 2 anos de governo.

"Creio que todos nós fomos capazes de tirar o Brasil do vermelho e o colocar no rumo certo. Não são palavras apenas, os fatos comprovam", disse Temer, numa solenidade que contou com a presença de atuais e ex-integrantes de governo.

O presidente afirmou que sua gestão tinha um "plano e coragem" para pô-lo em prática, ao usar como referência de governo o documento "Ponte para o Futuro", escrito pelo MDB ainda durante o governo Dilma Rousseff.

Temer desfilou uma série de feitos da sua gestão na área econômica, como a queda da inflação e o fim da recessão, e na área social, como o aumento do valor do benefício do Bolsa Família e do número de beneficiários do Minha Casa, Minha Vida.

Contudo, o presidente não fez qualquer menção às denúncias criminais feitas pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot a partir das delações de executivos da J&F, holding que controla a JBS, que tiraram a maior parte do seu capital político e ameaçaram sua permanência no cargo.

Temer também fez uma rápida menção à reforma da Previdência, que naufragou em sua gestão. Mas preferiu dividir a responsabilidade sobre a proposta. "Se engana quem pensa que a reforma da Previdência não será aprovada", disse, ao destacar que o assunto será debatido durante a campanha eleitoral pelos candidatos a mandato eletivo no pleito de outubro.

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