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Em abertura do ano Legislativo, Maia defende reforma das despesas

Maia disse ainda que o papel dos parlamentares "é difícil" e que às vezes não recebe a "compreensão devida"

Câmara: "Com certeza ainda temos muitos desafios, o Brasil é um país muito desigual" (Wilson Dias/Agência Brasil)

Câmara: "Com certeza ainda temos muitos desafios, o Brasil é um país muito desigual" (Wilson Dias/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 5 de fevereiro de 2018 às 18h30.

Brasília- O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta segunda-feira que seja discutida uma reforma das despesas do Estado brasileiro e afirmou que "ninguém" governa o país se essas mudanças não forem promovidas.

Em discurso na cerimônia de abertura dos trabalhos do Legislativo, sob a expectativa crescente em torno da reforma da Previdência, com votação prevista para a semana do dia 19 de fevereiro, Maia disse ainda que o papel dos parlamentares "é difícil" e que às vezes não recebe a "compreensão devida".

"Mas se esse Parlamento não entender que reformar as despesas do Estado é o único caminho para que a gente possa garantir ao brasileiro mais simples as mesmas condições... ninguém governará o Brasil no próximo ano se as reformas das despesas não forem feitas", disse o presidente da Câmara.

"Com certeza ainda temos muitos desafios, o Brasil é um país muito desigual", afirmou, defendendo uma Previdência "que garanta aos servidores públicos os mesmos direitos de um trabalhador mais simples".

O governo enfrenta uma batalha para garantir os votos necessários para aprovar a reforma da Previdência. Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a medida precisa de 308 votos dentre os 513 deputados, em dois turnos de votação. Depois, ainda será submetida a análise no Senado.

Pouco antes do início da cerimônia de abertura dos trabalhos legislativos, o relator da proposta, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), disse que a emenda aglutinativa da reforma só poderá ser apresentada oficialmente no momento de discussão do projeto em plenário.

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, no entanto, disse que o ideal seria que a tal emenda pudesse ser apresentada ainda nesta semana.

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