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Em 4 dias, volume de chuva em Angra é o maior para abril desde 1913

Até agora, Angra registrou 324,4 mm de chuva em quatro dias

 (Prefeitura de Angra dos Reis/Reprodução)

(Prefeitura de Angra dos Reis/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de abril de 2022 às 10h01.

Última atualização em 6 de abril de 2022 às 10h01.

Só nos quatro primeiros dias de abril, as cidades fluminenses de Angra dos Reis, Paraty, Saquarema e Marambaia registraram uma quantidade de chuvas superior aos maiores volumes já registrados para todo o mês, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Não por acaso, os temporais dos últimos dias deixaram pelo menos 20 mortos em todo o Estado do Rio, 11 deles em Angra e outros sete em Paraty, na Costa Verde.

Angra registrou entre o dia 1º e o dia 4 de abril o maior volume para o mês inteiro em mais de um século: desde 1913, quando começaram as medições na região. A soma de 324,4 mm em quatro dias superou o recorde anterior para o mesmo período do mês, que era 203,4 mm em 2019.

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Em Paraty, o acumulado nos quatro primeiros dias do mês foi de 429,2mm. Até então, o maior volume da série histórica para o mês era de 2011, quando choveu 329,6mm. Saquarema, na região dos Lagos, também superou o recorde para abril. Foram 349,9 mm em quatro dias, maior volume registrado para todo o mês desde abril de 2018 (312mm). Em Marambaia foram 334,8mm. O recorde anterior era de 2010, 294,2mm

A chuva forte para a região estava prevista pelo Inmet. Alertas laranja (com chuvas de até 100 mm em 24 horas) e vermelho (acima de 100 mm, com risco de grandes danos e acidentes) chegaram a ser emitidos para toda a região litorânea. Segundo os meteorologistas, a longa estiagem e as altas temperaturas em contato com uma massa de ar frio vinda do Sul formaram uma faixa de instabilidade desde o litoral norte de São Paulo até a região dos Lagos do Rio.

"De fevereiro até meados de março estávamos em situação de grande bloqueio. Foi um período de mais de 20 dias sem chuva, principalmente no Rio de Janeiro, com massa de ar quente que impedia a entrada de frentes frias", explicou a meteorologista Marlene Leal, do Inmet.

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