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Em 3 anos, o Pé-de-Meia vai reduzir a evasão escolar em 80%, diz presidente da Bancada da Educação

Brito afirma ainda que o potencial transformador do programa pode melhorar a produtividade do país

Rafael Brito: deputado defende a ampliação do Pé-de-Meia (Leandro Fonseca/Exame)

Rafael Brito: deputado defende a ampliação do Pé-de-Meia (Leandro Fonseca/Exame)

Publicado em 15 de março de 2025 às 08h01.

O deputado federal e presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação (FPME), Rafael Brito, avalia que, em três anos, o programa Pé-de-Meia vai reduzir a evasão escolar em 80%.

"Eu tenho certeza de que, no próximo ano, o número vai cair para 300 mil, daqui a dois anos, para 200 mil, e vamos ver esse número estabilizar em 100 mil", afirma em entrevista ao programa Macro em Pauta da EXAME.

Hoje, segundo o deputado, cerca de 500 mil alunos em média não concluem o ensino médio no país.

Autor de um projeto com o mesmo intuito quando era secretário de Educação de Alagoas, Brito afirma que, no seu estado, apenas 21 mil de 48 mil alunos se formavam, em média, no ensino médio. Em 2024, foram 42 mil alunos.

"Tínhamos uma evasão escolar de mais de 50% dos alunos, o que foi superado. Se conseguimos em Alagoas, vamos conseguir em todo o Brasil", afirma.

Pé de meia

O programa federal é um incentivo financeiro na modalidade de poupança, destinado a promover a permanência e a conclusão escolar de alunos matriculados no ensino médio público.

O governo paga um valor mensal de R$ 200, que pode ser sacado pelo estudante ou responsável, além de realizar um pagamento de parcela única de R$ 1.000 a cada fim de ano concluído de ensino médio.

O deputado afirma que a força do programa está na mensalidade paga todos os meses aos alunos. Ele diz que esse valor estimula automaticamente a economia.

"Esse dinheiro vai, na mesma hora, para o comércio. É isso que as pessoas não entendem. As pessoas que participam de programas sociais não guardam dinheiro ou fazem poupança. É automático, no mesmo dia, o dinheiro vai para a farmácia, supermercado, etc.", afirma.

Brito afirma ainda que o potencial transformador do programa pode melhorar a produtividade do país. Por isso, defende que o orçamento destinado para a medida e o público deveria ser ampliado para todos os alunos da rede pública de ensino.

"O governo colocou R$ 12 bilhões no Pé-de-Meia. Tinha que ser R$ 20 bilhões. O ajuste fiscal não pode ser no Pé-de-Meia", diz.

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