Brasil

Em 2011, chuvas na região serrana do Rio deixaram 918 mortos

Dentre as vítimas, 99 continuam desaparecidas até hoje. Nesta terça-feira, pelo menos 18 pessoas morreram devido a tempestade em Petrópolis

Tragédia em Petrópolis: temporal causa destruição e deixa mortos 16/2/2022 (BRUNO KAIUCA/ZIMEL PRESS/Estadão Conteúdo)

Tragédia em Petrópolis: temporal causa destruição e deixa mortos 16/2/2022 (BRUNO KAIUCA/ZIMEL PRESS/Estadão Conteúdo)

AO

Agência O Globo

Publicado em 16 de fevereiro de 2022 às 09h48.

Última atualização em 17 de fevereiro de 2022 às 11h01.

Cada chuva na Região Serrana do Rio de Janeiro traz à tona o trauma da tragédia de 2011, quando deslizamentos e enchentes deixaram 918 mortos em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo. Foi a maior catástrofe climática do Brasil. De acordo com os dados do Ministério Público, ao menos 99 vítimas seguem desaparecidas até hoje. Nesta terça-feira, dia 15, um temporal que caiu sobre Petrópolis provocou deslizamentos, inundação de ruas e deixou pelo menos 18 mortos.

Na noite de 11 de janeiro daquele ano, em apenas três horas, o volume de água ultrapassou a expectativa para todo o mês na região. Riachos viraram ondas avassaladoras, e deslizamentos atingiram áreas urbanas e rurais como avalanches. As casas que não desabaram foram interditadas, mas muitas famílias voltaram a ocupá-las.

A chuva torrencial assolou principalmente Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis, mas também levou destruição a Bom Jardim, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto e Areal. Apenas a estação meteorológica do Centro de Teresópolis registrou 124,6mm de chuva num único dia, volume que era quase a metade da média histórica para aquele mês em toda a região.

Tragédia em Petrópolis: temporal causa destruição e deixa mortos 16/2/2022

Tragédia em Petrópolis: temporal causa destruição e deixa mortos 16/2/2022 (WILTON JUNIOR/Estadão Conteúdo)

Em janeiro de 2021, dez anos após a tragédia, ainda havia pelo menos 86 mil pessoas vivendo em áreas de risco. Nos três municípios mais devastados, ainda existiam imóveis interditados desde aquela época, desabrigados recebendo aluguel social e à espera de casas prometidas e obras que nunca foram concluídas.

Nos dez anos da tragédia, o governador Cláudio Castro decretou luto oficial e transferiu a sede do governo do estado para a Região Serrana. O governo do estado, em janeiro do ano passado, prometeu investir mais de R$ 500 milhões em contenções de encostas, limpeza de rios e obras de infraestrutura em Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis e Areal.

Acompanhe tudo sobre:ChuvasEnchentesMortesRio de Janeiro

Mais de Brasil

Linhas 8 e 9 começam a disponibilizar Wi-Fi gratuito em todas as estações; saiba como acessar

Bolsonaro indiciado pela PF: entenda o inquérito do golpe em cinco pontos

O que acontece agora após indiciamento de Bolsonaro e os outros 36 por tentativa de golpe de Estado?

Inmet prevê chuvas intensas em 12 estados e emite alerta amerelo para "perigo potencial" nesta sexta