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MELHORES E MAIORES 50 anos: em 1991, dois anos depois da venda para o Garantia, a Brahma se destacou no Melhores e Maiores

Naquele ano, os brasileiros foram apresentados ao plano Collor II, que impôs um novo congelamento de preços e salários, elevou os juros e reduziu tarifas de importação

 (Ambev/Divulgação)

(Ambev/Divulgação)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 17 de julho de 2023 às 16h15.

Última atualização em 15 de agosto de 2023 às 15h35.

A história é amplamente conhecida, mas vale a pena repeti-la mesmo assim. Em 1989, o banco de Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, o Garantia, adquiriu a cervejaria Brahma. Telles assumiu a presidência da marca e deu início a uma revolução.

Em 1991, quando a Brahma sagrou-se campeã no anuário Melhores e Maiores, dificilmente alguém diria que ela se transformaria no gigante que virou. Foi só em 1999, afinal, que a cervejaria incorporou a arquirrival Antarctica e não parou mais de crescer.

Surgiu assim a Ambev, a primeira multinacional brasileira e, logo de cara, a terceira maior indústria cervejeira e a quinta maior produtora de bebidas do mundo.

Em 2004, ela se juntou à Interbrew na Bélgica, formando a Inbev. Quatro anos depois, após a compra da cervejaria americana Anheuser-Busch, a multinacional passou a controlar quase metade do mercado de cervejas nos Estados Unidos.

Hoje o grupo tem mais de duzentas marcas de bebidas, da Budweiser à Stella Artois, da Hoegaarden à Skol. E todo esse império, de certa maneira, remonta a 1888.

Foi quando o suíço Joseph Villiger estabeleceu na rua Visconde de Sapucaí, no Rio de Janeiro, uma pequena oficina com o nome de Manufactura de Cerveja Brahma & Villeger & Companhia.

Para os brasileiros, em 1991, maus motivos para abrir uma cerveja não faltavam – o tricampeonato conquistado por Ayrton Senna no Grande Prêmio do Japão trouxe algum alento. Com o fracasso do plano Collor, o governo instituiu o Collor II em janeiro.

O novo choque econômico impôs um novo congelamento de preços e salários, elevou os juros e reduziu tarifas de importação. Extinguiu-se o BTN (Bônus do Tesouro Nacional) e criou-se a TR (Taxa Referencial de Juros).

Em maio, Zélia Cardoso de Mello deixou o comando do Ministério da Fazenda e foi substituída por Marcílio Marques Moreira – apesar dos pesares, a inflação acumulada do ano de 1991 foi de 480,2%.

No que se refere à política externa, uma boa notícia foi divulgada em março: a assinatura do Tratado de Assunção, que criou o Mercosul. Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai estrearam na entidade como parceiros comerciais.

No mesmo mês, entrou em vigor o Código de Defesa do Consumidor, um marco no aprimoramento do relacionamento entre as empresas e a sociedade.

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