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Eleitores de cinco cidades voltam às urnas no domingo

Os eleitores terão de escolher, novamente, os mandatários municipais porque os prefeitos eleitos tiveram a candidatura impugnada por força da Lei da Ficha Limpa

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2013 às 13h08.

São Paulo – Os eleitores das cidades de Cananeia e General Salgado, em São Paulo; Primavera e Santa Maria da Boa Vista, em Pernambuco; e Simões, no Piauí, voltam às urnas, no próximo domingo (2). Nessas localidades, mais de 67,8 mil eleitores terão de escolher, novamente, os mandatários municipais porque os prefeitos eleitos tiveram a candidatura impugnada por força da Lei da Ficha Limpa ou foram cassados por abuso do poder econômico e compra de votos.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), neste ano já ocorreram novas eleições em 27 cidades de 11 estados. Em mais 13 municípios, haverá pleitos nos meses de julho e agosto.

Em General Salgado, no noroeste de São Paulo, são 8.476 votantes e quatro candidatos: Adriano Eugênio Barbosa (PSDB), Emanuel Ribeiro Dezidério (PRB), Leandro Rogério de Oliveira (PR) e Luciana Dias Rodrigues (PPS).

Nesse município, o motivo da nova escolha é porque o prefeito eleito, David José Martins Rodrigues (DEM), disputou o pleito, em outubro do ano passado, enquanto aguardava julgamento de ação movida com base na Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/2010), cujo recurso interposto pelo candidato foi negado.

Pela mesma razão é que vai ocorrer nova eleição em Cananeia. O prefeito eleito, Adriano Cesar Dias (PSDB), teve o mandato cassado por responder a processo administrativo que levou à sua demissão do serviço público. Nessa cidade do litoral sul paulista, 10.237 eleitores terão três opções de escolha: Claúdia Terezinha Santos Araújo dos Santos Oliveira Rosa (PSD); Pedro Ferreira Dias Filho, o Pedrinho (PV); e Robson da Silva Leonel (PT).


No município pernambucano de Primavera, o prefeito eleito em outubro, Rômulo César Peixoto (PRTB), teve deixar o cargo sob acusação de ter sido beneficiado com a compra de votos. O segundo colocado, Jadeíldo Gouveia (PR), chegou a ser empossado, mas também foi impedido de assumir o cargo por estar enquadrado na Lei da Ficha Limpa.

Os 10.238 eleitores de Primavera poderão votar em um dos quatro candidatos: Fernando Antônio Feitosa Cavalcanti, o Fernando Dentista (PDT); Tânia Maria Dória de Souza Santos Barros, a Dra. Tânia (PSC); Jadeíldo Gouveia da Silva, o Galego do Gás (PR); e Severina Moura Batista Peixoto, a Naza Pão com Ovo (PRTB).

Já em Santa Maria da Boa Vista, o candidato eleito, Jetro Gomes (PSB), nem chegou a tomar posse, ante processo em que foi acusado de abuso do poder econômico e político e da rejeição de contas públicas. Os 27.274 eleitores dessa cidade pernambucana também contam no novo pleito com quatro candidatos: Antônio Pereira de Souza (PV), Eliane Rodrigues da Costa Gomes (PSL), Jetro do Nascimento Gomes (PSB) e Paulo Jorge da Silva Pontes (PRP).


Na cidade de Simões, no Piauí, localizada 417 quilômetros ao sul de Teresina, os 11.498 eleitores terão como candidatos a prefeito Maria Adelaide Moura de Carvalho (PRTB) e Francisco Dogizete Pereira (DEM). Nesse município, Edilberto Abdias de Carvalho tinha vencido o pleito de outubro do ano passado, mas teve a candidatura impugnada por se considerar que ele concorreu a um terceiro mandato, ato proibido pela legislação eleitoral.

No próximo dia 7 de julho, os eleitores volta às urnas em Flores de Goiás e Nazário, em Goiás; Juara e Glória D’Oeste, em Mato Grosso; Brejo da Madre de Deus, em Pernambuco; São José do Ouro, no Rio Grande do Sul; e Figueirão, Jardim, Bela Vista e Caracol, em Mato Grosso do Sul. Para 4 de agosto, já estão marcadas novas eleições em Marituba, no Pará; em Pedro Canário, no Espírito Santo; e em Ponte Serrada, em Santa Catarina.

Os prefeitos cassados terão de repor aos cofres públicos o dinheiro gasto nas despesas eleitorais. Até o momento, segundo o TSE, foram ajuizadas cobranças em 51 cidades de 15 estados e em outras 37 cidades, os processos estão em fase de finalização pela Advocacia-Geral da União (AGU) ou em curso na Justiça Federal. As devoluções referentes aos gastos nas eleições impugnadas podem superar os R$ 2,7 milhões em 88 cidades de 20 estados.

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