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PSDB, MDB e Cidadania afirmam que pesquisas vão definir candidato único

Na prática, o novo critério de escolha prorroga o prazo inicial de 18 de maio para o anúncio do candidato do grupo

 (Tebet: Jefferson Rudy / Agência Senado / Doria: Governo de SP / Divulgação / Moro: Bloomberg / Getty / Leite: Tiago Coelho/Bloomberg via Getty Images/ Montagem/Exame)

(Tebet: Jefferson Rudy / Agência Senado / Doria: Governo de SP / Divulgação / Moro: Bloomberg / Getty / Leite: Tiago Coelho/Bloomberg via Getty Images/ Montagem/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de maio de 2022 às 09h43.

Os presidentes do PSDB, do MDB e do Cidadania deram uma sobrevida ao projeto de unificar os partidos da terceira via ao anunciar na quarta-feira, 11, que o nome do candidato que irá liderar a chapa na disputa pelo Palácio do Planalto será definido a partir da análise conjunta de pesquisas quantitativas e qualitativas de opinião encomendadas pelas legendas. A proposta foi debatida em reunião em Brasília, com participação de Baleia Rossi (MDB), Bruno Araújo (PSDB) e Roberto Freire (Cidadania).

Na prática, o novo critério de escolha prorroga o prazo inicial de 18 de maio para o anúncio do candidato do grupo. Hoje são considerados pré-candidatos ao Planalto a senadora Simone Tebet (MDB-MS) e o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB). A expectativa dos dirigentes é que processo seja concluído próximo às convenções, que devem ocorrer entre o fim de julho e a primeira semana de agosto.

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O formato ainda precisa ser submetido ao crivo dos demais dirigentes dos três partidos e dos pré-candidatos. No entanto, as siglas afirmaram, em nota, que decisão final será das "instâncias partidárias", o que amplia pressão sobre Doria.

Diferente de Simone, que tem o apoio integral de Baleia Rossi e consolidou maioria nos diretórios da legenda, o ex-governador paulista enfrenta resistência na bancada tucana e rompeu com Bruno Araújo, que foi retirado da coordenação da pré-campanha.

O entorno de Doria assiste aos movimentos dos caciques partidários com apreensão. Os critérios são considerados por eles vagos. Tucanos avaliam ser, no mínimo, simbólico que a sugestão tenha partido do MDB, que não abre mão da pré-candidatura de Simone Tebet. A bancada tucana já deu aval a Bruno Araújo na negociação com MDB pela escolha do representante da terceira via.

Aliados do ex-governador, porém, dizem que Doria venceu as prévias internas no ano passado e, portanto, tem a prerrogativa de decidir se continua ou não na disputa. Com base no estatuto do PSDB, o grupo do tucano paulista argumenta que pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para garantir a candidatura de Doria ao Planalto.

SURPRESA

A reunião dos presidentes dos três partidos pegou o grupo de Doria de surpresa. O ex-governador, que está em Nova York cumprindo agenda com investidores, não quis comentar a proposta.

A decisão dos presidentes dos partidos da terceira via será tema de uma reunião virtual, marcada para hoje, da executiva nacional do PSDB. Aliados de Doria querem esclarecimentos sobre os critérios e métricas da pesquisa qualitativa, uma vez que o ex-governador aparece em melhor posição que Simone nas pesquisas quantitativas.

Apesar do descompasso com Araújo, os doristas acreditam que a prorrogação do prazo dá tempo ao tucano para ganhar terreno nas pesquisas e reduzir as resistências.

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