Eleições 2022: Lula e Alckmin oficializam chapa para concorrer à Presidência (Globo/Reprodução)
Da redação, com agências
Publicado em 8 de abril de 2022 às 11h48.
Última atualização em 8 de abril de 2022 às 12h35.
O PSB formalizou nesta sexta-feira, em uma carta dirigida ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a indicação do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin para vice da chapa do petista na corrida pelo Palácio do Planalto.
No documento, o partido diz que "deseja contribuir na tarefa programática inerente à formação de uma frente ampla de forma produtiva e efetiva".
O PSB afirma ainda que "o que estará em questão nas eleições de 2022 é o confronto decisivo entre democracia é autoritarismo".
A sigla ainda fala que o país vive uma crise econômica e social. "Este cenário, que se instalou com o governo (de Michel) Temer e que se agravou no governo Jair Bolsonaro, compreende ainda um desafio particular e agudo, ou seja, as iniciativas em curso no sentido de impor um termo ou limites ao regime democrático e Estado de Direito no Brasil".
O PSDB, partido que Alckmin integrou até dezembro do ano passado, participou do governo Temer.
Lula e Alckmin e as direções do PT e PSB estão reunidos em hotel na zona sul de São Paulo. O diretório nacional deve aprovar a indicação de Alckmin para vice no próximo dia 14.
"Quero somar meus esforços ao presidente Lula e a todos para recuperar renda, emprego e a população ter dias melhores", disse Alckmin depois da reunião entre os dois partidos.
O petista afirmou que, se a chapa for concretizada, não será apenas para disputar as eleições. "Vocês vão participar da elaboração do programa do governo, vão participar da combinação da montagem do governo", afirmou Lula durante encontro com lideranças de ambas legendas.
"Essa chapa, se for formalizada, não é só para disputar as eleições, talvez ganhar as eleições seja mais fácil do que a tarefa que teremos à frente para recuperar esse País", completou. O petista reforçou a necessidade de abrir conversas com empresários e com o povo.
Antes da declaração de Lula à imprensa, o PSB apresentou uma carta ao petista, assinada pelo presidente do partido, Carlos Siqueira, declarando que a legenda "deseja contribuir na tarefa programática inerente à formação de uma frente ampla de forma produtiva e efetiva".
No documento, Siqueira defende que a indicação do ex-tucano à vice "não se limita apenas ao aspecto eleitoral".
Se o primeiro turno das eleições presidenciais fosse hoje, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria 40% dos votos, e o presidente Jair Bolsonaro (PL) estaria em segundo lugar, com 29%. Ciro Gomes (PDT) e Sergio Moro (Podemos) teriam 9% cada. Os números são da pergunta estimulada, com os nomes apresentados previamente, da mais recente pesquisa EXAME/IDEIA.
A sondagem ouviu 1.500 pessoas entre os dias 18 e 23 de março. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-04244/2022. A pesquisa EXAME/IDEIA é um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. Confira o relatório completo aqui.