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Eleições 2024: carnaval amplia troca de acusações entre pré-candidatos à prefeitura de SP

MDB de Nunes pediu que MP investigue distribuição de brindes supostamente alusivos a Boulos, que, ao lado de Tabata, acusa emedebista de superfaturar compra da bebida

Eleições 2024: Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB) têm trocado acusações nos últimos dias (Edilson Dantas/O Globo, Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados/Divulgação)

Eleições 2024: Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB) têm trocado acusações nos últimos dias (Edilson Dantas/O Globo, Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados/Divulgação)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 17 de fevereiro de 2024 às 10h20.

Além da diversão nos blocos e desfiles, o carnaval paulistano rendeu artilharia para os pré-candidatos à prefeitura de São Paulo. Os três principais nomes na corrida, Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB) têm trocado acusações nos últimos dias por supostas propaganda durante a folia, preço acima da média na compra de água para trabalhadores e open bar em camarote público para adolescentes.

O partido de Nunes, que pleiteia a reeleição, pediu que o Ministério Público (MP) investigue uma suposta propaganda antecipada de Boulos em blocos de rua. Isso porque em alguns estavam sendo distribuídos leques com as frases “São Paulo é mais gostoso com bolo”, com um desenho da sobremesa. Os itens não citam o nome de Boulos diretamente, mas o trocadilho é usado por ele em redes sociais, como o programa “Café com Boulos”, no YouTube.

A representação do MDB-SP pede a identificação do responsável pela distribuição, impressão e pagamento do material, e alega que Boulos tinha conhecimento da ação, até porque ele repostou em suas redes sociais fotos dos leques. O prefeito, porém, evitou explorar o assunto em suas redes sociais. O PSOL nega.

Boulos, por sua vez, disparou contra o prefeito pela compra de 252 mil garrafas d’água para os trabalhadores contratados pela prefeitura para os blocos de rua, pelo valor de R$ 5,52 por 500 ml (total de R$ 1,3 milhão). O preço consta em licitação fechada pela gestão em 31 de janeiro, com a empresa AMBP Promoções e Eventos. Na internet e em supermercados, a garrafa custa entre R$ 1 e R$ 2,10.

“Suspeita de corrupção: quanto custa uma garrafinha de água de 500 ml? Inacreditáveis R$ 5,52 foi o preço que a prefeitura pagou por cada garrafa”, escreveu Boulos.

Tabata Amaral (PSB) também usou o caso para atacar o emedebista. “Tudo que Prefeitura de SP toca vira indício de superfaturamento”, escreveu a deputada, prometendo entrar com uma ação no Tribunal de Contas do Município (TCM).

A prefeitura esclareceu, em nota, que tentou comprar a água por um valor menor, mas não conseguiu porque não houve interessados e o edital de licitação precisou ser alterado. Destacou ainda que o preço engloba a logística de distribuição da água.

‘Rei do camarote’

Em outra frente, Boulos chamou o prefeito de “rei do camarote” citando o Camarote da Cultura, que foi realizado entre 19 e 28 de janeiro durante os ensaios técnicos das escolas de samba no Anhembi. Isso porque a prefeitura contratou uma empresa, sem licitação, por R$ 2,1 milhões para fazer o camarote, que teve ingressos distribuídos para estudantes. A deputada federal Erika Hilton, do mesmo partido de Boulos, fez uma representação ao MP-SP pedindo a investigação do contrato e a averiguação se foram distribuídas bebidas alcoólicas para menores, o que a secretaria nega

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