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Eleições 2022: disputa será decidida por 10% do eleitorado

Novo episódio do videocast CLUB'IN trata da corrida eleitoral, dos últimos dados da pesquisa EXAME/IDEIA e do perfil dos eleitores que tendem a definir o resultado final das urnas

Novo episódio do videocast CLUB'IN traz um bate papo sobre eleições 2022 (YouTube/Reprodução)

Novo episódio do videocast CLUB'IN traz um bate papo sobre eleições 2022 (YouTube/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2022 às 18h19.

Última atualização em 6 de maio de 2022 às 18h37.

Uma pequena parte do eleitorado definirá o resultado das eleições de 2022. Trata-se de um grupo de cerca de 15 milhões de eleitores que, em 2014, votou na ex-presidente Dilma Rousseff e, em 2018, depositou seu voto no presidente Jair Bolsonaro. É o que pensa Maurício Moura, presidente do instituto de pesquisa de opinião pública IDEIA e professor na Universidade George Washington, nos Estados Unidos.

“São eleitores que estão fora das bolhas. Eles acreditam que a mensagem da renovação política era importante em 2018 e, portanto, não se mostram arrependidos de terem votado em Bolsonaro, mas estão decepcionados com a gestão do atual governo”, diz Moura, convidado do novo episódio do videocast CLUB'IN, que traz um bate papo sobre eleições 2022. Apresentado por Daniel Cunha, Sales do banco BTG Pactual, também participa do episódio Fabiane Stefano, editora de macroeconomia da EXAME.

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Segundo Moura, há três pontos que precisam ser acompanhados neste ciclo eleitoral: o voto espontâneo do eleitorado, a aprovação do atual governo e a rejeição ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Hoje, mais de 60% do eleitorado tem um candidato na cabeça. Isso é resultado de uma disputa inédita no país de um presidente em exercício e um ex-presidente concorrendo. Em outras eleições, no mesmo momento do ciclo eleitoral, 35% do eleitorado, no máximo, tinha um nome para indicar espontaneamente", diz Moura.

Na pesquisa EXAME/IDEIA do dia 21 de abril, tanto na testagem espontânea, sem os nomes apresentados previamente, quanto na estimulada, Lula e Bolsonaro polarizam a preferência do eleitor. Na estimulada, Lula está em primeiro, com 42%, e Bolsonaro vem logo em seguida, com 33%. 

A sondagem ouviu 1,5 mil pessoas entre os dias 15 e 20 de abril. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-02495/2022. A EXAME/IDEIA é um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. Clique aqui para ler o relatório completo da pesquisa.

No episódio, Moura também ressalta o papel das pesquisas eleitorais e as diferentes metodologias de coleta de dados. “As pessoas têm a expectativa de que as pesquisas vão refletir o resultado futuro da votação, da eleição. Mas pesquisa eleitoral é o retrato do momento, não um prognóstico.”

Sobre as polêmicas em relação ao número de pessoas que respondem às pesquisas eleitorais, o fundador do IDEIA explica: "Costumo dizer para os meus alunos: você não precisa tirar todo o sangue do corpo de uma pessoa para fazer um exame diagnóstico; uma pequena amostra é suficiente. Da mesma forma, não é preciso entrevistar os 150 milhões de brasileiros para fazer uma pesquisa eleitoral. Uma amostra de mil, 2 mil pessoas que representem o universo da população é suficiente.”

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