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Eleições 2020: mulheres representam 12,2% dos prefeitos eleitos

Cinco mulheres permanecem na disputa por prefeituras no segundo turno, que será realizado em 29 de novembro

Cinthia Ribeiro (PSDB), foi reeleita prefeita de Palmas com mais de 36% dos votos (Jane de Araújo/Agência Senado)

Cinthia Ribeiro (PSDB), foi reeleita prefeita de Palmas com mais de 36% dos votos (Jane de Araújo/Agência Senado)

Isabela Rovaroto

Isabela Rovaroto

Publicado em 16 de novembro de 2020 às 12h07.

Última atualização em 16 de novembro de 2020 às 12h10.

As mulheres representam 12,2% dos prefeitos eleitos em primeiro turno nas eleições de domingo – entre elas Cinthia Ribeiro (PSDB), reeleita prefeita de Palmas, capital do Tocantins, com mais de 36% dos votos.

Cinco mulheres permanecem na disputa por prefeituras no segundo turno, que será realizado em 29 de novembro: Manuela D'Ávila (PCdoB), em Porto Alegre; Marília Arraes (PT), no Recife; Delegada Danielle (Cidadania), em Aracaju; Socorro Neri (PSB), em Rio Branco; e Cristiane Lopes (PP), em Porto Velho.

Marília Arraes é atualmente deputada federal. Outra deputada que disputa a prefeitura no segundo turno é Margarida Salomão, em Juiz de Fora (MG). Além disso, a deputada Luiza Erundina disputa a vice-prefeitura, no segundo turno, na cidade de São Paulo.

A deputada Patrícia Ferraz disputará a prefeitura de Macapá, onde o primeiro turno ainda não foi realizado. A eleição foi suspensa em razão de uma crise energética, e a data do pleito ainda será confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Comparação com 2016

Nas eleições municipais de 2016, foram eleitas 641 mulheres para o cargo de prefeita, representando 11,57% do total. No pleito passado, somente uma mulher foi eleita prefeita de uma capital: Teresa Surita (PMDB), em Boa Vista (RR).

O número de candidatas que disputam segundo turno em capitais neste ano é mais que o dobro daquele de 2016: são cinco as capitais com mulheres ainda em disputa, contra duas nas últimas eleições.

Cota nas candidaturas

As eleições de 2020 foram as primeiras eleições municipais em que valeram não apenas a cota de 30% de candidaturas femininas, mas também a reserva de pelo menos 30% dos fundos eleitoral e partidário para financiar candidatas e a aplicação do mesmo percentual ao tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.

Além disso, com o fim das coligações nas eleições proporcionais, cada partido – e não mais cada coligação – foi obrigado a reservar 3 em cada 10 candidaturas de vereador para mulheres.

Apesar de as mulheres representarem 52,5% do eleitorado, as candidaturas femininas neste ano, para prefeita, vice-prefeita ou vereadora ficaram, mais uma vez, próximas ao limite estabelecido pelas cotas. De acordo com os dados do TSE, do total de 556.033 pedidos de registro de candidatura, 186.144 foram de mulheres, o que corresponde a um percentual 33,48%. Em 2016, as candidaturas femininas foram 31,9% do total.

Cota de cadeiras

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), prometeu pautar, após as eleições municipais, proposta de emenda à Constituição que institui cota para mulheres nas câmaras de vereadores, assembleias legislativas e na Câmara dos Deputados.

A medida está prevista na Proposta de Emenda constitucional (PEC 134/15) que propõe que até 2030 haja ocupação paritária de homens e mulheres do Parlamento. O texto, que aguarda votação pelo Plenário, reserva cotas fixas de vagas para as mulheres no Legislativo, e não apenas cotas para as candidaturas, como acontece hoje.

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