David Almeida: é um dos acusados por uso da máquina pública na eleição (Site do Governo do Amazonas/Dhyeizo Lemos/SECOM/Reprodução)
Estadão Conteúdo
Publicado em 2 de agosto de 2017 às 11h10.
A eleição para governador do Amazonas, marcada para o próximo domingo, virou alvo do Ministério Público Eleitoral. O procurador Victor Riccely Lins Santos ingressou nesta terça-feira, 1º, com uma ação cautelar contra a candidata do PP, Rebecca Garcia, e o governador interino David Almeida (PSD) por uso da máquina pública na eleição.
Na ação, o Ministério Público relata a demissão em massa de 48 servidores da Superintendência Estadual de Habitação que se recusaram a fazer campanha para Rebecca, apoiada pelo governador interino.
Cassado. As denúncias de uso da máquina pública em campanhas eleitorais são uma tônica do Amazonas. A eleição fora de época no Estado ocorre porque o Tribunal Superior Eleitoral cassou por esse motivo José Melo (PROS), governador reeleito em 2014.
Como Rebecca divide a liderança das pesquisas de intenção de voto com o senador Eduardo Braga (PMDB) e com o ex-prefeito de Manaus Amazonino Mendes (PDT), a ação cautelar adiciona um novo grau de incerteza há apenas cinco dias do primeiro turno.
Impugnação
A candidatura de Rebecca já havia sofrido um duro golpe ontem. O PPS solicitou a impugnação de sua chapa. Nesse caso, a confusão está na escolha do candidato a vice-governador. Inicialmente, Rebecca apresentou à Justiça Eleitoral o nome do deputado estadual Abdala Fraxe (PTN).
O registro da chapa foi indeferido porque Fraxe foi considerado ficha suja - ele foi condenado pelo Tribunal Regional Federal por formação de quadrilha e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) por cartel.
O PPS alega que o nome do substituto de Fraxe, Felipe Souza (PTN), foi apresentado no último dia 25, fora do prazo mínimo de 20 dias antes da eleição.
Defesa
A reportagem não conseguiu nesta terça-feira localizar a candidata do PP ao governo do Amazonas.