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Eleição na OMC demonstra confiança no país, diz especialista

Para a especialista em comércio exterior Marília Castañon Pena Valle, o desafio maior é dar continuidade à Rodada Doha


	Sede da OMC em Genebra: “Ele terá pela frente um grande desafio: destravar as negociações que estão paralisadas, principalmente devido às crises econômicas", afirmou a especialista sobre Azevêdo.
 (©AFP / Fabrice Coffrini)

Sede da OMC em Genebra: “Ele terá pela frente um grande desafio: destravar as negociações que estão paralisadas, principalmente devido às crises econômicas", afirmou a especialista sobre Azevêdo. (©AFP / Fabrice Coffrini)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2013 às 16h31.

Brasília – A eleição do embaixador brasileiro Roberto de Carvalho de Azevêdo, de 55 anos, para diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), representa a confiança da comunidade internacional no Brasil, diz a especialista em comércio exterior Marília Castañon Pena Valle, ex-coordenadora-geral do Departamento de Defesa Comercial, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Para Marília Valle, a vitória de Azevedo, anunciada hoje (7), deve ser observada como resultado de uma atuação “séria e correta”. “É muito importante o significado para o Brasil do embaixador Azevêdo [na direção-geral da OMC]. É o primeiro latino-americano, brasileiro, e que tem uma longa trajetória nas negociações comerciais internacionais”, destacou. “Ele terá pela frente um grande desafio: destravar as negociações que estão paralisadas, principalmente devido às crises econômicas.”

Para a especialista, o desafio maior é dar continuidade à Rodada Doha – cujas negociações, iniciadas no início dos anos 2000 com o objetivo de construir um amplo acordo de liberalização do comércio, não apresentam resultados há cerca de dez anos. “Certamente o largo conhecimento do embaixador Azevêdo vai contribuir muito nesse processo”, disse ela.

Segundo Maríla Valle, o perfil do Brasil também deve ser considerado como positivo. “O Brasil tem um perfil exportador, mas também tem um viés importador. A posição brasileira, nas negociações, sempre foi de equilíbrio, o que garantiu ao país a credibilidade que tem hoje”, ressaltou.

A especialista participou de várias articulações relativas aos processos antidumping, subsídios e salvaguardas. Ela foi negociadora do governo brasileiro na OMC - nas ações referentes aos códigos de dumping, subsídios e medidas compensatória e de salvaguardas.

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