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Eleição de comissão de impeachment foi legítima, diz Temer

Na terça-feira, a chapa governista foi derrotada na eleição dos membros da comissão


	Michel Temer (PMDB): "a Câmara dos Deputados ontem (terça-feira) tomou uma deliberação no exercício legítimo da sua competência"
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer (PMDB): "a Câmara dos Deputados ontem (terça-feira) tomou uma deliberação no exercício legítimo da sua competência" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2015 às 13h45.

Brasília - O vice-presidente da República, Michel Temer, disse nesta quarta-feira que a eleição da comissão especial na Câmara dos Deputados que analisará o pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff foi um ato legítimo da competência da Casa.

Na terça-feira, a chapa governista foi derrotada na eleição dos membros da comissão, no primeiro teste para o governo desde que foi aceito o pedido de abertura de impedimento contra a presidente.

Em votação secreta numa sessão tumultuada, a chapa apoiada por partidos de oposição recebeu 272 votos, enquanto a governista conquistou 199.

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu provisoriamente a formação da comissão especial na Câmara, em resposta a ação impetrada pelo PCdoB, partido aliado ao governo.

"A Câmara dos Deputados ontem (terça-feira) tomou uma deliberação no exercício legítimo da sua competência e, posteriormente, em fase de medida judicial, o Supremo suspendeu temporariamente essa medida", disse Temer, em breve declaração a jornalistas.

"Isso revela exatamente que nós vivemos num regime de uma normalidade democrática extraordinária, as instituições estão funcionando. Nós devemos preservar aquilo que as instituições estão fazendo", completou.

Temer, que preside o PMDB, não respondeu a perguntas de jornalistas, mas fez um gesto negativo, ao ser perguntado se haveria debandada de seu partido do governo.

Temer, que teve uma carta de desabafo escrita à Dilma vazada na noite de segunda-feira, disse que o país vive "num regime de uma normalidade democrática extraordinária" e que "as instituições estão funcionando".

O vice-presidente se reunirá nesta quarta-feira com Dilma, às 19h30, e afirmou que falará com jornalistas após o encontro.

Texto atualizado às 14h44.

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