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‘Ele tem direito à presunção de inocência, mas que a lei seja cumprida’, diz Lula sobre Braga Netto

Presidente recebeu alta hospitalar neste domingo (15), seis dias após a cirurgia que realizou para conter um sangramento interno na cabeça

Presidente recebeu alta hospitalar neste domingo (15), seis dias após a cirurgia que realizou para conter um sangramento interno na cabeça

Presidente recebeu alta hospitalar neste domingo (15), seis dias após a cirurgia que realizou para conter um sangramento interno na cabeça

Agência o Globo
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Publicado em 15 de dezembro de 2024 às 12h36.

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Durante a entrevista coletiva realizada, neste domingo, após receber alta hospitalar pela cirurgia para tratamento de um sangramento interno na cabeça, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) antecipou possíveis questionamentos ao falar sobre a prisão do general Walter Braga Netto, ocorrida neste sábado.

De acordo com o presidente, a resposta supostamente não estava prevista na pauta deste domingo, mas ele diz que preferia dar uma declaração a respeito dos fatos. Lula, então, começa sua fala alegando que tem paciência e é democrático, mas que se comprovada a tentativa de golpe, os envolvidos deverão ser "severamente punidos".

Veja a declaração do Presidente Lula:

— Quem quiser pregar o ódio e a mentira que procure outro planeta para viver porque aqui no planeta Terra e no Brasil não há direito, tá? Como eu sei que vocês vão perguntar, mas não tava prevista a resposta, eu tenho muita paciência. O que aconteceu essa semana com a decretação da prisão do General Braga, eu vou demonstrar para vocês que eu tenho mais paciência e sou democrático. Eu acho que ele tem todo o direito à presunção de inocência, o que eu não tive eu quero que eles tenham, todo o direito e todo o respeito para que a lei seja cumprida —, disse o Presidente.

— Mas se esses caras fizeram o que tentaram fazer, eles terão que ser punidos severamente. Esse país teve gente que fez 10% do que eles fizeram e que foi morto nas cadeias. Não é possível a gente aceitar o desrespeito à democracia, não é possível a gente aceitar o desrespeito à constituição e não é possível a gente admitir que num país generoso como o Brasil, que tenha gente de alta graduação militar tramando a morte de um presidente da república, tramando a morte do seu vice e tramando a morte do juiz que era presidente da Suprema Corte Eleitoral —, completou Lula.

Prisão de Braga Netto

Braga Netto foi detido em casa, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, após a PF apontar que ele atuou para “embaraçar as investigações”. Em decisão cumprida pela manhã, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que o general tentou controlar as informações prestadas pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid, que fechou um acordo de delação premiada.

O magistrado também mencionou provas colhidas indicando que o oficial de alta patente teria ajudado a financiar um plano de assassinato de autoridades. Os alvos eram o próprio Moraes, o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin.

Braga Netto é preso pela Polícia Federal por obstrução à Justiça

A expectativa é que, assim como no caso de Bolsonaro, Braga Netto seja denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), no início de 2025, no âmbito do chamado inquérito do golpe. Segundo investigadores, o general não ofereceu resistência ao ser preso nem fez questionamentos.

Depois, foi levado à sede da PF, no Centro, e em seguida à Vila Militar de Deodoro, na Zona Oeste, onde ficará detido na 1ª Divisão do Exército, unidade subordinada ao Comando Militar do Leste (CML), órgão que ele já chefiou.

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