Eike Batista: em 2010, ele doou R$ 1 milhão para o comitê de campanha de Dilma e a mesma quantia para o de Serra
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de janeiro de 2017 às 09h34.
Brasília - Com a prisão determinada nesta quinta-feira, 27, o empresário Eike Batista figura como um grande doador de campanhas eleitorais.
Suas contribuições somam R$ 12,6 milhões e foram distribuídas para 13 diferentes partidos entre 2006 e 2012. A lista inclui candidatos a prefeito, deputado, senador e presidente. Em 2014 e em 2016 não foram identificados repasses eleitorais.
As maiores doações irrigaram candidatos em Estados em que Eike possui negócios, como Rio, região petrolífera e sede de suas empresas, Minas e Mato Grosso do Sul, onde investe na exploração de minério, e no Amapá, em que além de negócios de mineração, o empresário também possuía licença de operação de linhas ferroviárias.
Em 2010, Eike doou R$ 1 milhão para o comitê de campanha de Dilma Rousseff (PT) e a mesma quantia para o de José Serra (PSDB), além de R$ 500 mil para Marina Silva, na época no PV.
Em 2006, a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também recebeu R$ 1 milhão em doações, enquanto R$ 100 mil foram doados para Cristovam Buarque, que disputava a Presidência pelo PDT.
Em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no ano passado, o empresário afirmou que foi educado "com o conceito de comunidade", fazendo doações "voluntárias" a diferentes partidos e candidatos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.