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Eduardo Paes (DEM) é eleito para terceiro mandato como prefeito do Rio

Com 64% dos votos, Paes venceu o atual prefeito, Marcelo Crivella, e tem a missão de enfrentar a pandemia de covid-19, com hospitais beirando o colapso

Eduardo Paes. (Sergio Moraes/Reuters)

Eduardo Paes. (Sergio Moraes/Reuters)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 29 de novembro de 2020 às 18h48.

Favorito em todas as pesquisas desde o início da eleição, Eduardo Paes (DEM) foi eleito prefeito do Rio de Janeiro neste domingo, 29, com 64,41% dos votos. Ele derrotou o atual prefeito, Marcelo Crivella (Republicanos), que terminou o segundo turno com 35,59% dos votos. O resultado saiu com 87% das urnas apuradas.

É a terceira vez que Paes vai comandar a segunda maior cidade do país. Paes foi eleito pela primeira vez em 2009, na época pelo MDB com o apoio do então governador Sérgio Cabral. A disputa foi acirrada contra Fernando Gabeira (PV). Em 2012, conseguiu se reeleger com 64% dos votos.

Em 2018, Paes concorreu às eleições ao governo do estado, mas perdeu para Wilson Witzel (PSC), atualmente afastado do cargo por um processo de impeachment. Paes já havia tentado o cargo em 2006, mas teve apenas 5% dos votos.

Em julho, foi denunciado pelo Ministério Público Eleitoral por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica por repasses indevidos que teria recebido durante a campanha de 2012. Naquela época, a cidade já passava por mudanças para receber a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

Um dos primeiros desafios ao assumir no dia 1° de janeiro será o enfrentamento à pandemia de covid-19. Na última semana, a taxa de ocupação de leitos de UTI na cidade passou dos 90% e todo o sistema de atendimento beira ao colapso. A cidade é uma das mais atingidas pela doença no país, com um total de 137.193 casos confirmados e 13.261 mortes.

Eventos importantes para a economia da cidade, a tradicional queima de fogos na praia de Copacabana na virada do ano foi cancelada, e o Carnaval adiado, ainda sem uma nova data definida. Os tradicionais blocos de rua cancelaram qualquer evento até que uma vacina seja aplicada na população.

Com a queda na arrecadação projetada em pelo menos 1,5 bilhão em 2020, em decorrência da crise causada pela covid-19, o novo prefeito tem a missão de equilibrar as contas do município. As dívidas correspondem a 60% da receita líquida corrente, segundo cálculo do Portal Meu Município. Entre janeiro e setembro, a cidade perdeu 119.306 postos de trabalho, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados.

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