Eduardo Leite: governador do RS esteve na casa de FHC, em São Paulo. (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Agência O Globo
Publicado em 31 de março de 2022 às 13h07.
Última atualização em 31 de março de 2022 às 13h37.
O grupo do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), acredita que caso sejam realmente confirmadas as desistências das candidaturas de João Doria e de Sergio Moro abre-se a possibilidade de construção de uma união de até seis partidos na disputa presidencial em torno de uma chapa formada pelo gaúcho e pela senadora Simone Tebet (MDB).
A ideia de aliados de Leite é que seja selada uma aliança entre os dois com o compromisso de que a definição sobre quem ficaria com a cabeça da chapa só ocorreria no futuro diante da análise de pesquisas e cenários. O preterido seria o vice.
Além de PSDB e MDB, a aliança contaria também com o União Brasil, o Cidadania e o Podemos. Há a intenção ainda de atrair o Novo, que lançou a pré-candidatura do cientista político Felipe d´Ávila, para o grupo.
O movimento de Doria pegou Leite de surpresa na madrugada desta quinta-feira. O governador gaúcho ainda mantém um certo ceticismo em relação à desistência de seu companheiro de partido e só deve se pronunciar publicamente após ele confirmar que realmente ficará no governo de São Paulo.
Caso Doria realmente desista, aí sim Leite, que perdeu as prévias do PSDB para o paulista em novembro do ano passado, se colocará à disposição para assumir o projeto presidencial.
O governador gaúcho já entregou sua carta de renúncia à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e na noite desta quinta-feira passará o cargo para o seu vice, Ranolfo Vieira Junior.